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Por Blog da Daniela Lima

Imagem: Reprodução/Redes sociais

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vetar integralmente proposta aprovada pelo Congresso que desonera os setores que mais empregam na economia brasileira levou a uma reação eloquente de três das maiores centrais sindicais do país. Em nota, elas dizem que o petista estimula o “desemprego e a precarização do mercado de trabalho”.

A reação está em documento revelado pelo Conexão, da GloboNews. No texto, os presidentes da Força Sindical, da UGT e da CSB rebatem a tese de que apenas o patronato vê com maus olhos a decisão do governo.

“(O veto) se deu sem debate com o movimento sindical, sobretudo representantes dos setores mais afetados. Ele coloca milhões de empregos em risco, estimula a precarização do mercado de trabalho e levará ao fim do ciclo de redução do desemprego”, dizem as centrais no documento.

Estudo elaborado pelo sindicalismo com base em dados do próprio governo, do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também coloca em xeque o discurso de que a desoneração não levou ao aumento de contratações no país.

O levantamento mostra que “setores que permaneceram com a folha desonerada tiveram um crescimento de empregos da ordem de 15,5%, enquanto os que tiveram a folha reonerada cresceram apenas 6,8% no mesmo período. Ocorreu também o maior crescimento dos salários dos trabalhadores destes setores desonerados vis a vis aos demais”.

Além disso, o estudo registra que a medida levou à criação de mais de 600 mil empregos formais.

“O resultado (do fim da desoneração) será a perda de arrecadação, insegurança e empregos de menor qualidade”, sustentam as três centrais em nota desta sexta (24).

A mobilização pela derrubada do veto de Lula não se restringe a trabalhadores e patrões. O setor público também se movimenta.

Prefeitos de todo o país, também atingidos pela medida, iniciaram uma intensa mobilização a favor da derrubada do veto.

“A mobilização das prefeituras, que também perderam a desoneração, está imensa, muito grande –e tem forte influência sobre o Congresso, em especial deputados”, disse o senador Ciro Nogueira, presidente do PP e líder da oposição.

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