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Foto: Marcos Corrêa/PR/Arquivo

Militares que trabalharam com Jair Bolsonaro (PL) e também do entorno dos indiciados pela Polícia Federal (PF) veem a saída política — seja com o projeto de anistia no Congresso ou com pressão para convencer autoridades internacionais, como Donald Trump, a ajudá-lo — como a única chance que resta para o ex-presidente tentar escapar de responsabilidades na investigação sobre tentativa de golpe de Estado.

“Não há muito o que ele possa fazer. Agora, é usar sua força política para tentar algo no Congresso ou pressão internacional, com ajuda de Trump”, diz um ex-integrante do governo ao blog da Andréia Sadi, apresentadora do Estúdio i, na GloboNews.

Na visão de quem conheceu o governo Bolsonaro por dentro e viveu o dia a dia dos 4 anos da gestão, o ex-presidente virou um “passageiro da agonia”. Aliados consideram que Braga Netto era a última peça que separava o ex-presidente da trama golpista e que agora, com a prisão do general, o cerco contra Bolsonaro está se fechando.

Embora militares e investigadores avaliem que é difícil que Braga Netto venha a aderir a uma delação premiada, há temor de que outros generais sofram pressão para colaborar com as investigações.

Entre militares, a avaliação é que a maior possibilidade de delação é a do general Mario Fernandes, suspeito de fazer parte de um grupo que planejou o assassinato de Lula (PT) e Alckmin.

Fernandes poderia contar, por exemplo, detalhes de encontros com Bolsonaro – o general já disse que ouviu do presidente que “qualquer ação” poderia acontecer até 31 de dezembro –, o que falou com ele sobre o plano de assassinato de autoridades e se há algum rabisco do então mandatário nos documentos golpistas.

O advogado de Fernandes, Marcus Vinicius Figueiredo, nega que seu cliente cogite uma delação premiada.

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