Moradores cobram na Câmara de Santaluz conclusão de obra de abastecimento de água em Serra Branca e repudiam ‘fake news’ da prefeitura
Moradores e representantes da associação comunitária do povoado Serra Branca, na zona rural de Santaluz, participaram nesta quarta-feira (13) de uma sessão da Câmara Municipal para reclamar da demora na conclusão da implantação do sistema de abastecimento que levará água encanada à comunidade. A obra é resultado de um convênio entre o governo do Estado, a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) e a prefeitura.
A água é captada no sistema Araci Norte, segue pelo povoado Antonio Conselheiro, passa por Tapinha, sobe a Serra do Tombador e desce por gravidade até Serra Branca, onde a tubulação principal já está instalada ao lado da escola. Procurado, o secretário municipal de Infraestrutura, Joilson Garcia, informou que ainda faltam ventosas para retirar o ar da tubulação e descargas para limpar os canos. Segundo ele, os equipamentos estão sendo providenciados.
O presidente da associação comunitária, José Mário, usou a tribuna da Câmara para pedir providências. “É fácil ir até lá, gravar vídeos, tirar fotos e dizer que a água chegou. Nós da Serra Branca não aceitamos fake news”, afirmou. A fala foi uma resposta à divulgação recente, pela prefeitura, de um vídeo nas redes sociais que levava a crer que o projeto já estava concluído, comemorando a suposta chegada da água às torneiras dos moradores.
Em entrevista ao programa Estação Notícias, da rádio Estação FM 101.9, o presidente da Cerb, Jayme Vieira Lima Filho, afirmou que a obra está cerca bem avançada. Após a prefeitura providenciar as ventosas e descargas, a última etapa ficará sob responsabilidade da Embasa, que fará as ligações das adutoras diretamente às residências de Serra Branca.
O presidente da associação comunitária de Serra Branca, José Mário, também destacou as dificuldades enfrentadas pelos moradores para garantir o abastecimento enquanto a obra não é concluída. “Muita gente está precisando comprar água de carro-pipa, e nem todos têm condições de pagar. É uma situação injusta, porque o sistema está praticamente pronto, mas seguimos dependendo desse tipo de serviço”, afirmou.
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