Trabalhador rural de sisal poderá ter aposentadoria especial
por Agência Câmara Notícias
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei Complementar 400/14, do deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que confere aposentadoria especial ao trabalhador rural da agroindústria do sisal. Planta de origem mexicana, o sisal é utilizado na produção de fios, cordas e tapetes.
Atualmente o Brasil é o maior produtor de sisal do mundo – 90% da fibra nacional estão concentradas na Bahia. Pela proposta, o trabalhador rural com deficiência física ou doença profissional decorrente do trabalho na indústria sisaleira poderá se aposentar voluntariamente, independentemente de idade, tempo de serviço ou eventual retorno ao serviço. O benefício será concedido sem enquadrar o trabalhador na aposentadoria por invalidez.
Teixeira destaca que a atividade no sisal é extremamente penosa, arriscada e insalubre. “Trabalha-se no meio de um pó asfixiante, que dá uma coceira insuportável. O carregar das folhas faz cortes profundos”, afirma. Para serem transformadas em fibras, as palhas são recolhidas e colocadas em máquinas que desfibram o material. Mesmo com a modernização, os trabalhadores desse setor ainda estão expostos a sérios riscos. A mutilação de membros dos produtores nas engrenagens das máquinas ou mesmo nos campos, durante a extração com os rolos cortantes da planta, leva à invalidez de muitos trabalhadores.
A proposta tramita em regime de prioridade e apensada ao Projeto de Lei Complementar 60/99, que trata da aposentadoria especial para trabalhador de atividade que prejudique a saúde.
O texto principal já foi aprovado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Seguridade Social e Família. A matéria ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.
Uma Grande Vitoria!
Sou do morro dos Lopes e considera a atitude mais do que justa, está de parabéns o político que tomou essa iniciativa.
Calma pessoal… não é sendo pessimista e sim realista, estamos em ano de eleição e nesse período aparece de tudo, depois que passar as eleições eles engavetam alegando inconstitucionalidade ou falta de recursos.
Isso é Brasil.