Fiocruz estuda se pernilongo pode transmitir o vírus Zika
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estudam se a bactéria usada no Aedes aegypti para evitar a transmissão da dengue impede também a propagação do vírus Zika. Desde 2014, os pesquisadores usam os chamados “mosquitos do bem” como um meio natural de controle da dengue. São insetos criados em laboratório, que não têm capacidade de transmitir a doença. De acordo com o pesquisador Luciano Moreira, que coordena o projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”, não se trata de modificação genética. Hoje o projeto é testado em Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da capital fluminense e em Jurujuba, Niteroi. Luciano Moreira explica que estudos internacionais tiveram resultados positivos. Luciano Moreira afirma que pode demorar anos para que a tecnologia seja usada em grande escala. Segundo a Agência Brasil, se o prazo não é muito animador, outro estudo pode revelar desafio ainda maior. O departamento de entomologia da Fiocruz testa se o mosquito Culex, conhecido popularmente como pernilongo ou muriçoca é co-responsável pela epidemia do vírus Zika. A coordenadora da pesquisa Constância Ayres, diz que o motivo da investigação é rapidez com que o vírus Zika se propagou. A pesquisadora explica que saber qual o agente transmissor é fundamental já que os hábitos do pernilongo e do aedes aegypy são bem distintos. A pesquisadora Constância Ayres disse que ainda é cedo para mudanças de estratégia. De acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 3 milhões e 4 milhões de pessoas do continente americano devem pegar zika apenas em 2016.