Plenário do Congresso

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O atual ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), falou em “estancar a sangria” durante uma conversa sobre a Operação Lava Jato com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo a Folha de S. Paulo, o diálogo aconteceu em março, poucos dias antes da votação do impeachment na Câmara e foi gravado de forma oculta. Na conversa, Machado revela temor com a possibilidade de que as investigações contra ele passassem para o juiz federal Sergio Moro, em Curitiba. Ele entende que através dele líderes do PMDB poderiam ser incriminados. “O [Rodrigo] Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho”, afirma. Em resposta, Jucá diz: “Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. […] Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”. O atual ministro e senador licenciado é alvo de um inquérito na Lava Jato por suposto recebimento de R$ 1,5 milhão. Machado foi presidente da subsidiária da Petrobras entre 2003 e 2014 e é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) ao lado de Renan Calheiros. No diálogo gravado antes do afastamento de Dilma Rousseff, eles conversam sobre a possibilidade de um governo liderado por Michel Temer. Machado fala em um “grande acordo nacional” em torno da nova gestão. “Com tudo, aí parava tudo”, afirma. “Com o Supremo, com tudo”, responde Jucá. “Delimitava onde está, pronto”, conclui o ministro.

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