Para Suíça, processo contra Eduardo Cunha é um ‘marco’
Estadão Conteúdo
Foram os suíços que solicitaram ao Brasil para que processasse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Isso é o que revela o Departamento de Justiça da Suíça em seu informe anual de atividades de 2015 e que destaca o processo de cooperação com o Brasil como um exemplo do que pode ser feito no combate à corrupção. Para o governo, o caso de Cunha foi um “marco” para a Suíça no combate à corrupção e na colaboração com a Justiça de outros países. Investigado desde 2015 pelo Ministério Público da Suíça, Cunha teve seus dados repassados ao Brasil depois que a procuradoria em Berna julgou que o maior impacto sobre o caso seria se seu próprio país o levasse aos tribunais, e não na Suíça. Cunha tentou evitar que os dados fossem transferidos, recorrendo em duas ocasiões. Mas não teve seu pedido atendido. No documento publicado nesta quinta-feira (16), o nome de Cunha não é citado. Mas apenas o número de seu processo: RR.2015.275/RP.2015.61. O número corresponde ao dossiê do brasileiro no Tribunal Penal Federal da Suíça. “O caso se refere a um processo criminal iniciado com A, um cidadão brasileiro morando no Brasil”, explica o Departamento de Justiça, utilizando a letra “A” para designar o deputado.