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Santaluz: família de professor achado morto em porta-malas espera liberação de corpo 2 meses após crime

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Resultado e exame de DNA para confirmar se corpo carbonizado é mesmo de Jeovan pode demorar até um ano para ficar pronto.

Dois meses após duas pessoas terem sido encontradas carbonizadas dentro do porta-malas de um carro às margens da BA-120, em Santaluz, um dos corpos ainda não teve a identidade descoberta. Familiares acreditam que o corpo seja do professor Jeovan Bandeira, 40 anos, que está desaparecido desde a noite do crime. A primeira vítima identificada foi o também professor Edivaldo Silva de Oliveira, de 32 anos, conhecido como Nino, que foi enterrado quatro dias após o crime ocorrido no dia 10 de junho deste ano. “O sentimento que deveria ser de dor pela perda de alguém que tanto amamos e da saudade de tudo que compartilhamos juntos vem sendo acrescido de indignação pela forma em que os órgãos públicos tratam o sentimento alheio. Não bastasse ter que conviver com a dor da perda, minha família e amigos não consegue entender tanta demora na conclusão do resultado do DNA. É retrógrado dizer que uma família em pleno século XXI espere tanto tempo para conseguir a liberação da matéria de um ente querido”, desabafou o irmão de Jeovan, Sival Lima, lamentando o fato de que a família ainda não saiba quando o professor poderá ser enterrado. “Passaram-se 60 dias e sequer conseguimos sepultar de forma digna nosso irmão”.

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Sival (esquerda) ao lado do irmão Jeovan | Foto: Arquivo Pessoal

Por causa do alto grau de carbonização do corpo, a identificação teve que ser feita através de exames de DNA e não há prazo definido para a divulgação do resultado, segundo o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana. “É muito dolorido ter que passar por tudo isso e não poder fazer nada a não ser chorar e se enjoar com esta situação imposta por este sistema que sequer nos dá a chance de intervir, digo isso porque a minha família propôs arcar com os custos por mais alto que fosse para que pudéssemos realizar os exames em instituições particulares ou quiçá em outro estado e a resposta fria que obtivemos foi: isso não é possível, pois o corpo está sobre tutela do Estado. Isso nos revolta mais ainda. Tutela de um estado que anda a passo de tartaruga?”, completa.

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Familiares de Jeovan sofrem com demora na liberação do corpo do professor | Foto: Jonathas Ferreira/ Notícias de Santaluz

Entenda o caso
A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram chamadas na noite de 10 de junho para verificar um acidente e, quando chegaram ao local, às margens da BA-120, na saída para Queimadas, encontraram os corpos no porta-malas do carro, que estava incendiado e capotado no local. Autoria e motivação do crime ainda são desconhecidas.

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Carro com corpos em porta-malas foi encontrado incendidado em 10 de junho deste ano | Foto: Notícias de Santaluz

“Este é o preço que se paga por morar longe de uma grande metrópole. Entendo que há um esforço enorme por parte do delegado e equipe para dar uma resposta à sociedade que está com sede de Justiça, pois não mataram um indigente. Meu irmão, assim como o meu amigo Nino, eram pessoas de bem, educadores que sonhavam e lutavam para transformar o mundo em algo melhor, prova disso foi as duas manifestações e homenagem que aconteceu em Santaluz e no distrito de Pereira. Enfim, hoje minha família torce pra que nenhum ser humano passe pelo que estamos passando, independentemente de sexo, crença, raça ou ideologia o que pedimos é: “mais amor, por favor!”, conclui Sival.

Redação Notícias de Santaluz

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comentário(s)

6 respostas para “Santaluz: família de professor achado morto em porta-malas espera liberação de corpo 2 meses após crime”

  • JOSE PLINIO DE OLIVEIRA says:

    Como é que órgãos públicos fazem uma desgraça dessas? Deixando uma família e, principalmente uma mãe idosa, sofrerem tanto e por tanto tempo… Será que esses órgãos do Estado, apesar do discurso científico, são tão cruéis quanto os homicidas?

    José Plínio de Oliveira

  • Marcelo Lopes Barreto says:

    Justiça que dar nojo essa do Brasil

  • Eliane Silva says:

    Ai meu Deus eu acho um absurdo dois meses este caso nao ter sido desvendado, gente tem que ser feito alguma coisa como tiram a vida de duas pessoas do bem brutalmente e fica por isso mesmo.Revoltante!!

  • Anônimo indignado says:

    Isso é um absurdo ! como pode uma família que além da dolorosa perda de um ente querido , ainda tem que passar por essa bizarrra de humilhação, esperando por um resultado que nunca se sabe quando irá sair , como pode em pleno século vinte , ja se passaram 2 meses e ainda não se tem uma resposta ! Que Brasil é esse minha gente ? Será que se fosse familiares de pessoas envolvidos nesses órgãos ou se familiares de colherinhos brancos ,será que ainda estavam esperando por um resultado? Deixo aqui a minha indignação pelo descaso , pela forma em que os órgãos públicos se comportam perante uma situação como essa ! Familiares e amigos estão clamando por agilidade na liberação do corpo ! E os ôrgãos públicos o que estão fazendo ?

  • Irailson says:

    Infelizmente a justicia só tem pressa com estrangeiros, políticos ou alguém da própria justicia.
    Olha o caso de Neco vitima de latrocinio em Camaçari, não sabemos de mais nada.

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