MPF aciona Prefeitura de Queimadas por cessão ilegal de R$ 15,4 milhões em créditos do Fundef
O Ministério Público Federal (MPF) em Campo Formoso, norte da Bahia, ajuizou, no último dia 19 de agosto, ação civil pública com pedido liminar contra a Prefeitura Municipal de Queimadas e a empresa Motiva Máquinas Ltda. De acordo com o órgão, o objetivo é anular a cessão, ilícita, do crédito de R$ 15,4 milhões por meio de licitação ilegal, com prejuízo de R$7 milhões para os cofres públicos. A União deve ao município de Queimadas R$ 15,4 milhões em virtude de diferenças do repasse de verbas do fundo de manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e de valorização do magistério (Fundef), com pagamento previsto para 2017. De acordo com o MPF, como o dinheiro só seria recebido após o mandato do atual prefeito, Tarcísio de Oliveira Pedreira, ele realizou, em fevereiro deste ano, licitação para alienação dos créditos com deságio de até 50%, da qual a Motiva Máquinas saiu vencedora com a proposta mínima.
Segundo o MPF, com a efetivação do contrato, o prefeito teria acesso ao valor licitado ainda em 2016, mas o município teria um prejuízo de quase R$ 7 milhões, valor que seria embolsado pela empresa como compensação pela antecipação dos recursos, a título de deságio. O MPF considerou que, apesar de a Lei Municipal nº 009/2013 permitir a cessão do crédito, a Lei nº 8.666/93 (Lei das Licitações) prevê que deve haver interesse público justificado na medida. “A licitação não atende ao interesse público, mas sim, exclusivamente, ao interesse do atual gestor, que pretende ter acesso aos recursos do precatório tão logo quanto possível, notadamente no ano em que encerra seu mandato”, afirmou o procurador da República Elton Luiz Freitas Moreira.
O MPF afirma que encontrou, ainda, irregularidades na própria licitação que permitiu a cessão dos créditos: segundo o órgão, ela não teve a publicidade devida, o que fez com que só a Motiva Máquinas participasse do processo. Além disso, conforme o MPF, não consta, no Diário Oficial da União, o número do processo judicial e o valor do crédito de R$ 15.443.481,55 a ser alienado. O MPF requereu à Justiça, liminarmente, a suspensão da validade da escritura pública por meio da qual os créditos recebidos pelo município foram cedidos à Motiva Máquinas. Ao fim do julgamento, requer a anulação da licitação da qual a empresa saiu vencedora e da própria cessão.
Redação Notícias de Santaluz
Se essas práticas de corrupções municipais podem ser comprovadas em flagrante delito contra recursos da Educação Pública, é possível impedir a marginalização de crianças, adolescentes e jovens quando o gestor municipal dá provas da mais leviana e corrupta manipulação da coisa pública? Há pouco no município de Euclides da Cunha um adolescente de 14 anos foi assassinado por outros jovens com requintes da mais extrema e perversa crueldade; sendo que um dos assassinos cortou um pedaço do corpo da vítima para praticar canibalismo. ONDE É QUE NÓS ESTAMOS CHEGANDO?
José Plínio de Oliveira
Seja qual for a natureza da manipulação de recursos do erário público, principalmente, da Saúde Pública, da Educação Pública e do Desenvolvimento Social por gestores municipais corruptos ou por ladrões do dinheiro público, os efeitos desastrosos se refletem nas extremidades das periferias sociais marginalizadas, oprimidas, excluídas e reprimidas. É bom estudar isso! Porque mais adiante pode gerar verdadeiras hecatombes no Brasil que o Estado dito de Direito não terá condições de controlar. Veja-se a Síria atual com as dimensões do Estado Islâmico. O TERRORISMO FISCAL no Brasil é tão perigoso quanto os Movimentos Radicais do Oriente Médio. Por exemplo: foi já possível comprovar – DEUS NOS LIVRE E GUARDE! – que as explosões de agências bancárias e caixas eletrônicos, além dos assaltos alarmantes a empresas de transportes de valores monetários não sejam inspiradas e, de certa forma, apoiadas pela CORRUPÇÃO OFICIAL DO BRASIL? Que autoridade constituída tem condições de provar o contrário? Por outro lado, se o político não saquear os cofres públicos para financiar campanhas tem condições de vencer uma eleição?
José Plínio de Oliveira