Familiares e amigos fazem homenagem ao professor Jeovan em Santaluz e corpo segue para velório no Pereira
Vestindo camisetas brancas e em clima de muita tristeza e comoção, familiares e amigos do professor Jeovan Bandeira de Lima, encontrado carbonizado dentro do porta-malas de um carro em Santaluz, se despediram do docente com homenagens no fim da manhã desta quarta-feira (11). O corpo do professor saiu do departamento de Polícia Técnica de Feira de Santana no início da manhã e chegou por volta das 12h15 ao Centro Educacional Nilton Oliveira Santos, onde ocorreu uma rápida cerimônia.
Em seguida, os funcionários e a direção do Cenos inauguraram uma placa em homenagem ao docente. A sala dos professores ganhou o nome de Jeovan Bandeira, em homenagem póstuma ao professor que lecionava na instituição. Na placa, além da foto de Jeovan, foi colocada uma frase de autoria do educador: “Nunca permita que alguém corte suas asas, estreite seus horizontes e tire as estrelas do teu céu. Nunca deixe seus medos serem maiores que a tua vontade de voar. O valor da vida está nos sonhos que lutamos para conquistar”.
“É uma homenagem bastante justa. Jeovan foi um ser humano incrível, inteligente, alegre, um verdadeiro exemplo para todos que conviveram ao seu lado. Sentiremos muito a falta dele”, disse comovida a professora Maria Amélia.
O corpo do professor foi levado no começo da tarde para o distrito de Pereira, onde será velado e sepultado. O enterro está previsto para acontecer por volta das 17h.
O crime
Dois corpos foram encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um carro incendiado às margens da BA-120, no município de Santaluz, localizado na região nordeste da Bahia, no dia 10 de junho do ano passado. O veículo estava capotado na rodovia que dá acesso ao município de Queimadas. Segundo a PM, guarnições da corporação e da Guarda Municipal foram acionadas após receberem a informação de que um acidente teria ocorrido e, quando chegaram ao local, constataram que havia dois corpos carbonizados no porta-malas.
Na ocasião, o corpo do também professor Edivaldo Silva de Oliveira, 32 anos, conhecido como Nino, foi identificado por meio de prontuário odontológico, no DPT de Feira de Santana, e liberado para ser enterrado pela família. Já o outro corpo, que a família acreditava desde o início ser do professor Jeovan Bandeira, seguiu sem identificação até a última segunda-feira (9), um dia antes de o crime completar sete meses.
No dia 8 de dezembro do ano passado, quando a morte dos professores estava prestes a completar seis meses, a Polícia Militar prendeu uma jovem identificada como Gleice da Costa Anjos, de 19 anos, e apreendeu um adolescente de 17, após ambos confessarem envolvimento no crime. Em depoimento à polícia, a dupla informou o envolvimento de uma terceira pessoa no crime: Alan Militão Pires, 19 anos, que foi morto dois dias antes na cidade de Valente, após deixar a delegacia local, onde estava preso por tráfico de drogas.
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