Santaluz: após 7 meses, amigos e familiares dão o último adeus ao segundo professor achado em carro incendiado
O corpo do professor Jeovan Bandeira de Lima foi enterrado no fim da tarde desta quarta-feira (11) no cemitério do distrito de Pereira, distante 63 quilômetros de Santaluz. No início da manhã, os restos mortais do docente foram retirados por parentes no Departamento de Polícia Técnica de Feira de Santana, onde permaneceram por quase sete meses aguardando identificação, que só foi possível através de exame de DNA.
O velório, que teve início por volta das 15h30, foi encerrado pouco antes das 17h, quando familiares, professores, alunos, amigos e autoridades deram o último adeus ao professor que é a segunda vítima do crime ocorrido no dia 10 de junho do ano passado, quando dois corpos foram encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um carro incendiado às margens da BA-120, em Santaluz. Outro professor, Edivaldo Silva de Oliveira, de 32 anos, conhecido como ‘Nino’, também foi achado carbonizado dentro do mesmo veículo, mas foi identificado e enterrado logo em seguida.
Antes do velório no distrito de Pereira, onde a família do professor reside, houve uma homenagem de familiares, amigos, alunos e ex-colegas no pátio do Colégio Estadual Nilton Oliveira Santos, na sede do município, onde Jeovan trabalhava. A sala dos professores da instituição ganhou o nome do educador e passou a se chamar ‘Sala Jeovan Bandeira’. Uma placa com a foto do professor e uma frase atribuída a ele foi colocada no local.
O crime
Dois corpos foram encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um carro incendiado às margens da BA-120, no município de Santaluz, no dia 10 de junho do ano passado. O veículo estava capotado na rodovia que dá acesso ao município de Queimadas. Segundo a PM, guarnições da corporação e da Guarda Municipal foram acionadas após receberem a informação de que um acidente teria ocorrido e, quando chegaram ao local, constataram que havia dois corpos carbonizados no porta-malas.
Na ocasião, o corpo do também professor Edivaldo Silva de Oliveira, 32 anos, conhecido como Nino, foi identificado por meio de prontuário odontológico, no DPT de Feira de Santana, e liberado para ser enterrado pela família. Já o outro corpo, que a família acreditava desde o início ser do professor Jeovan Bandeira, seguiu sem identificação até a última segunda-feira (9), um dia antes de o crime completar sete meses.
No dia 8 de dezembro do ano passado, quando a morte dos professores estava prestes a completar seis meses, a Polícia Militar prendeu uma jovem identificada como Gleice da Costa Anjos, de 19 anos, e apreendeu um adolescente de 17, após ambos confessarem envolvimento no crime. Em depoimento à polícia, a dupla informou o envolvimento de uma terceira pessoa no crime: Alan Militão Pires, 19 anos, que foi morto dois dias antes na cidade de Valente, após deixar a delegacia local, onde estava preso por tráfico de drogas.
Gleice teve prisão preventiva decretada pela Justiça e foi levada para o Conjunto Penal de Feira de Santana, onde permanece presa. Já o adolescente, foi encaminhado para um Centro de Internação para Menores Infratores, na mesma cidade, e também permanece no local.
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