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Por G1 e TV Globo, Brasília

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Uma das responsáveis pelo marketing da última campanha presidencial do PT, a publicitária Mônica Moura contou à Procuradoria Geral da República (PGR) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um “estremecimento” com a então presidente Dilma Rousseff, em 2014, porque ele “queria ser o candidato” ao Palácio do Planalto, e a petista “não aceitou”. Em um de seus depoimentos do acordo de delação premiada com o Ministério Público, a marqueteira contou que, apesar do mal-estar com a afilhada política, Lula continuou dando suporte à então presidente da República, inclusive, gravando mensagens de apoio na produtora do casal de marqueteiros. Mônica Moura destacou ao Ministério Público que, desta vez, em razão do estremecimento com Dilma, Lula não se envolveu com o financiamento da campanha. “O Lula queria ser o candidato em 2014. Voltar, né. Tipo assim, 2010 ele sai, bota a apadrinhada dele lá, mas, em 2014, ele volta para ser o candidato. E aí houve um certo estremecimento. Ele ia lá na produtora da gente, de vez em quando gravar apoio pra ela, né, porque também não ia colocar em risco a eleição dela. Mas ele não se envolveu com dinheiro dessa vez, não”, contou a marqueteira. Segundo ela, na eleição de 2014, a própria Dilma tomou a rédeas do financiamento, auxiliada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do tesoureiro da campanha, o ex-ministro e atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT-SP).

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