Coité: adolescente de 14 anos é apreendido com maconha e cocaína em garupa de mototáxi
Um adolescente de 14 anos foi apreendido na tarde deste sábado (9) com drogas no bairro Pampulha, em Conceição do Coité, região sisaleira da Bahia. De acordo com a Polícia Militar, ele estava na garupa de um mototáxi. Após apresentar atitude suspeita ao avistar os militares que faziam patrulhamento pelo bairro, o menor foi abordado e flagrado com 5 pinos de cocaína e 20 porções de maconha, além da quantia de R$ 127, informou a PM. Ele foi encaminhado junto com os entorpecentes ao plantão regional da Polícia Civil em Riachão do Jacuípe. O mototaxista foi liberado.
Notícias de Santaluz
Fatos delituosos que envolvem crianças, jovens e adolescentes marginalizados preocupam muitíssimo. Não se quer passar a mão pela cabeça, mas nenhuma criança nasce para a vida do crime, o Estado e a sociedade é que levam-na à marginalidade. Este convencimento ficou óbvio para mim, porque nos últimos 3 anos que permaneci sob influências culturais do Eixo Sul/Sudeste do Brasil fiz um curso na área da infância e da adolescência, e as descobertas que a Instituição fazia eram preocupantes já naquele época; só que jamais eu iria presumir que em nossa terra ainda preservadora de valores culturais rurais iriam ocorrer esses fatos. Em tudo isso, o mais grave é o abandono e a exploração do jovem desamparado pelas Instituições Oficiais do Estado de Direito. De volta à Bahia, por volta do ano de 2008, descobri uma quadrilha dentro de uma Instituição Oficial, aqui na região do Sisal, que assediava adolescentes para explorá-los, tive que denunciar os fatos, inclusive junto à promotoria de justiça em Conceição do Coité. Fui intimado, ouvido formalmente, comprovei os fatos e depois a instituição silenciou. No ano de 2010 recebi um telefonema da mesma promotoria para que eu lá comparecesse o dia que quisesse e tivesse tempo para tanto; compareci imediatamente e um promotor de justiça que me causou péssima impressão, tentou me amedrontar, depois se atrapalhou, caiu em contradições e me fez revelações estarrecedoras sobre o CRIME ORGANIZADO OFICIAL que – inclusive explora crianças e adolescentes – levando-os à vida do crime. A minha indignação e abjeção foram tamanhas que não guardei de memória as palavras repugnantes do referido promotor de justiça sobre os fatos, mas restaram-me as impressões compactas daquelas revelações deploráveis. Poucos dias depois, o dito promotor de justiça foi preso por prática de pedofilia. Daí se poderá depreender que a questão do jovem e do adolescente infrator em nossa região é mais complexa do que se pode presumir. Portanto, somente ações empreendidas pelo aparelho repressivo do Estado de Direito não podem resolver o problema, mas agravá-lo ainda mias.