Coronel de Santaluz e mais dois homens são condenados por fraude em campanha de desarmamento em Feira de Santana
Por G1 BA
O coordenador da ONG MovPaz Brasil Clóvis Nunes, o irmão dele, Carlos Alberto, e o coronel Martinho Nunes, foram condenados, nesta quarta-feira (27), por participar de um esquema de fraude da campanha do desarmamento do Ministério da Justiça na cidade de Feira de Santana, no ano de 2013. Somadas, as penas chegam 24 anos de prisão. De acordo com o Tribunal Regional Federal (TRF), Clóvis foi condenado a 9 anos e 7 meses de reclusão, Carlos Alberto foi condenado em 12 anos e 6 meses e Martinho Nunes foi condenado a 2 anos e 1 mês. Outras quatro pessoas que respondiam ao mesmo processo foram absolvidas. Os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) durante a Operação Vulcano, da Polícia Federal, realizada em Feira de Santana, no ano de 2013. A Campanha Nacional de Desarmamento foi lançada à época com a intenção de recolher o maior número de armas de fogo em todo o Brasil. De acordo com a investigação, o golpe era feito com a inserção fraudulenta de dados de armas inexistentes no sistema “Desarma”, para gerar um pagamento. A PF apontou, por exemplo, cadastramento de armas artesanais como se fossem de fabricação industrial, a fim de gerar valores que podiam variar de R$ 150 a R$ 400. A polícia disse, à época, que divisão de armas em Brasília detectou que Feira de Santana estava arrecadando 14% de todas as armas arrecadadas no país, mais de que a cidade de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro, o que levantou suspeita. A operação Vulcano foi realizada em novembro de 2013, em três cidades da Bahia, e em Fortaleza. Foram cumpridos, na ocasião, 23 mandados, sendo seis de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 12 de busca e apreensão.