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Por G1

Foto: Gilcilene da Conceição Pinto/Arquivo pessoal

Em um barraco no bairro Palmital B, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Gilcilene da Conceição Pinto, de 47 anos, prepara um pouco de mingau para alimentar a família.

“A gente não tem mais dinheiro para comprar pão. Então a gente come mesmo é fubá suado. Às vezes com um pouquinho de açúcar”, contou a cuidadora de idosos, desempregada desde maio de 2020, dois meses depois do início da pandemia no Brasil.

Ela vive com os dois filhos biológicos, doze adotivos e oito netos. Às vezes, dependendo das doações que recebe, aparece feijão, couve, biscoito. “Eu ajoelho e peço a Deus por misericórdia. Eu falo que a fome é mais triste que o vírus”, disse Gilcilene.

Em dezembro de 2019, 942.851 famílias estavam em situação de extrema pobreza em Minas Gerais. Um ano depois, este número aumentou para 1.006.367, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

O auxílio emergencial de R$ 600, criado em 2020 para dar suporte a estas pessoas e assim fazer com que pudessem se proteger em casa, foi suspenso.

Neste ano, o benefício será pago em quatro parcelas, com valores específicos conforme o perfil de quem recebe. O valor médio dessa rodada é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375 a depender da composição de cada família.

Porém, com a alta dos preços, muitos pais não vão conseguir botar a mesa para todos da família.

O governo de Minas Gerais informou que “está avaliando todas as possibilidades de viabilizar novas ações para reduzir os impactos da pandemia para a população mais vulnerável”. Disse ainda que suspendeu “cortes no fornecimento de água e luz a pessoas de baixa renda, cadastrados como consumidores de Tarifa Social na Cemig e na Copasa”.

Em Belo Horizonte, a prefeitura informou que tem disponibilizado cestas básicas e materiais de higiene para famílias de estudantes matriculados nas escolas municipais.

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