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Foto: Divulgação

“Ele chegou ao seu limite. Não aguentava mais. Cansaço físico e consciência do dever cumprido. Duro e triste o dia de hoje. Mas sinto-o aliviado pela decisão”. O desabafo é do chefe de gabinete da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), diplomata Sílvio Albuquerque Silva. Em entrevista exclusiva à coluna Tempo Presente, ele se emocionou ao falar sobre o anúncio da aposentadoria apresentado, na quinta-feira, 29, pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. “Havia ameaças de morte, com telefonemas para o gabinete e a casa dele, com frases covardes como: ‘Sua hora está chegando’”, relatou o diplomata, na tentativa de explicar o inesperado gesto do presidente do Judiciário brasileiro. 

Foi inesperado, sim. Sobretudo porque o ministro podia ficar mais 10 anos no STF, já que a aposentadoria compulsória se dá aos 70. Mas Barbosa é, digamos, um especialista em surpresas – às vezes por ele causadas de forma involuntária. Assim foi quando, indicado pelo ex-presidente Lula, tornou-se o primeiro negro a chegar à mais alta corte da Justiça do país. Surpreendeu também o país, desta vez voluntariamente, em pelo menos dois episódios distintos: 1 – Quando conduziu o processo do mensalão, na qualidade de relator, sem fazer nenhuma concessão aos amigos e/ou companheiros de Lula. 2 – Quando resistiu aos fáceis apelos populares e não se filiou a partido para se candidatar a presidente da república nas eleições deste ano. Mais do que isso – e aqui não se entra no mérito de algumas discutíveis decisões -, Barbosa fez quase um milagre: com ele no STF, a maioria da população voltou (ou começou?) a acreditar que a Justiça vale para todos. Informações do portal A Tarde.

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