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Carlos chegou ao Atlético-MG em 2010 e não parou mais de balançar as redes

41 minutos do primeiro tempo, cruzamento de Douglas Santos na área, Leonardo Silva tenta de cabeça e a bola sobra para ele, quase que sem querer, completar para as redes: tinha início a reação do Atlético-MG na goleada de 4 a 1 sobre o Flamengo até a final da Copa do Brasil nesta quarta-feira. Não dá para negar o faro de gol de Carlos, revelação alvinegra. Foram mais de 100 até aqui em uma conta que o credencia a deixar para trás o ‘fantasma’ de Jô, afastado por indisciplina.

As comparações que o faziam ser chamado de ‘novo Bernard’ perderam força. Nas brincadeiras entre os torcedores, ele é hoje Carlos ‘Bronson’, uma referência direta ao ator americano Charles Bronson e o instinto assassino pelo qual ficou famoso no cinema. Faz sentido.

A pedido da reportagem do ESPN.com.br, o historiador atleticano Emmerson Maurílio fez um levantamento sobre o número de gols marcados pelo atacante de 19 anos nas categorias de base.

Foram 110 gols em 187 partidas, um número que impressiona e fez até mesmo o técnico Levir Culpi, que até então segurava a aposta em seu futebol, citá-lo durante entrevista coletiva. Ao todo, o artilheiro de Santa Luz, interior da Bahia, balançou as redes 20 vezes pelos infantis (40 jogos), outras 44 vezes pelos juvenis (69 jogos) e mais 46 vezes pelos juniores (78 jogos). Ele mantém o ritmo nos profissionais, com oito gols em 33 partidas.

“O Carlos sempre teve estrela. E isso você tem ou você não tem. Ele não se deixa abalar por quaisquer 50 mil pessoas torcendo contra na arquibancada”, define o coordenador das categorias de base do Atlético-MG, André Figueiredo, ao ESPN.com.br.

Essa frieza fez com que a diretoria lhe oferecesse um aumento no último mês de setembro, renovasse o seu contrato até 2019 e elevasse ainda mais a sua multa que não passava antes dos 10 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões).

O acordo foi negociado pelo empresário gaúcho Jorge Machado, que mantém parceria com Alexandre Gaspar e Giuliano Bertolucci, o agente mais poderoso do futebol brasileiro hoje, que também cuida das carreiras de Diego Tardelli e Jô e responsável pela transferência de Bernard para o Shakhtar Donetsk na última temporada.

Um reconhecimento pela trajetória que se iniciou na Cidade do Galo ainda em 2010, aos 14 anos, e que faz de Carlos um dos candidatos a herói na decisão da Copa do Brasil.

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