Associação entre larvicida e microcefalia é contestada por laboratório e governo
Agência Brasil
O laboratório fabricante do larvicida Pyriproxyfen rebateu a suspeita de que o produto pode ter causado microcefalia no Brasil. Em nota, a Sumitomo Chemical disse que não há nenhuma base científica que comprove que o larvicida cause danos à saúde. O produto é utilizado em caixas d’água para eliminar larvas do mosquito vetor da dengue, febre chikungunya e do Vírus Zika. A empresa diz que o produto é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No último sábado (13), Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, o governo do Rio Grande Sul anunciou a suspensão do uso do larvicida Pyriproxyfen, apontado em nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), como possível causador de microcefalia. Em nota, o Ministério da Saúde disse que a associação entre o uso do produto e a microcefalia não possui nenhum embasamento científico. A pasta ressalta que alguns locais onde o Pyriproxyfen não é usado também registraram casos de microcefalia. “Ao contrário da relação entre o vírus Zika e a microcefalia, que já teve sua confirmação atestada em exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no líquido amniótico, a associação entre o uso de Pyriproxifen e a microcefalia não possui nenhum embasamento científico”, disse a nota.