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Conta de luz dos brasileiros deve subir acima da inflação em 2024, projeta Aneel

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Por g1

Foto: Freepik

A conta de luz dos brasileiros deve subir, em média, 5,6% em 2024, indica projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgada nesta terça-feira (23).

A estimativa está acima da inflação projetada para o período, de 3,87% segundo os economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central.

Em 2023, a Aneel havia estimado um aumento médio de 6,8% nas tarifas das distribuidoras. Contudo, a alta verificada foi de 5,9%.

Três fatores influenciam o aumento da conta de luz:

– a energia contratada no mercado cativo – nome usado quando a pessoa não pode escolher de quem receber a energia, e é “obrigada” a comprar da distribuidora local;

– a expansão da rede de transmissão;

– a conta de subsídios, que tem crescido nos últimos anos.

A Aneel reajusta anualmente as tarifas de energia cobradas pelas distribuidoras, na data de “aniversário” de concessão.

Os reajustes levam em consideração fatores como o custo da geração e transmissão de energia, além de encargos setoriais. Também são considerados os custos próprios da operação da distribuidora e a inflação no período.

Valor recorde de subsídios

Em 2024, os subsídios devem alcançar o maior valor da série histórica da Aneel, somando R$ 37,2 bilhões. Os encargos pagos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que agrupa os subsídios arcados pelo consumidor de energia.

A maior parte do valor – R$ 32,7 bilhões (88%) – será bancada diretamente pelos consumidores de energia em 2024, por meio de dois encargos incluídos nas contas de luz.

A CDE tem como receitas:

– multas aplicadas pela Aneel;

– recursos de pesquisa e desenvolvimento não utilizados pelas empresas;

– valores pagos pelas hidrelétricas pelo uso do bem público;

– recursos da Reserva Global de Reversão (RGR), um encargo pago por geradores, transmissores e distribuidoras;

– aportes do Tesouro Nacional;

– cotas pagas pelos consumidores.

Ao longo dos anos, com o aumento da CDE e a redução da participação da União no fundo, os consumidores tiveram que arcar com a maior parte dos custos.

Criança de 2 anos morre após se afogar em piscina de condomínio no interior da Bahia

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Por g1 BA e TV São Francisco

Foto da piscina em que o menino se afogou | Imagem: Google Maps, via g1

Uma criança de 2 anos morreu após se afogar na piscina de um condomínio privado, na cidade de Paulo Afonso, no norte da Bahia.

Segundo a Polícia Civil, o caso aconteceu na tarde de segunda-feira (22). O menino chegou a ser socorrido e levado para um hospital da cidade, mas não resistiu.

De acordo com informações passadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de Juazeiro, para onde o corpo do menino foi levado, ele estava na piscina feita para crianças e entrou na de adulto sem ser visto pelos familiares.

O menino é natural de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Não há informações sobre o velório e sepultamento dele.

Poder de compra do brasileiro caiu 5% em 10 anos, e não pela metade

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Inflação prejudicou bolso do trabalhador | Foto: Artur Luiz/Flickr

O poder de compra do brasileiro caiu nos últimos 10 anos. Para comprar uma cesta básica, a fatia necessária do rendimento médio habitual do brasileiro subiu de 21% para 26,1% entre 2013 e 2023. O levantamento é da LCA Consultores.

(CORREÇÃO: O g1 errou ao informar que o poder de compra da população caiu pela metade nos últimos 10 anos. Na verdade, a queda foi menor, como consta da reportagem agora.

O g1 pediu desculpas pela publicação do levantamento com erro, que teve ampla divulgação no site e nas suas redes sociais.

Agora o texto foi revisado e corrigido, e os cálculos estão ajustados. A correção foi feita às 17h do dia 24/1. Para saber mais sobre o erro, leia uma nota ao final da reportagem.)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice a inflação oficial do país, subiu quase 88% em 10 anos.

Mas a cesta básica reflete melhor o poder de compra da população, pois o IPCA mede uma porção de itens que não são essenciais para o dia a dia da população. E ela mais que dobrou no mesmo intervalo: passou da casa dos R$ 330 para R$ 770.

Já o rendimento médio mensal do brasileiro foi de R$ 3.034 em novembro, segundo os resultados mais recentes do IBGE. No mesmo trimestre de 2013, o valor seria o equivalente a R$ 2.909 em termos reais (já considerando o ajuste pela inflação do período). Trata-se de uma alta de 4,3%.

A preços de 2013, o g1 montou como exemplo um carrinho de mercado de 13 produtos básicos para o carrinho do supermercado com R$ 100. Já com as correções até o ano passado, os mesmos R$ 100 não compram metade das mercadorias selecionadas.

Em 2013, era possível comprar carne, leite, feijão, arroz e outros nove itens, com R$ 27,82 de troco. Já em 2023, só foi possível comprar 1kg de carne, de pão e de café.

Por que isso acontece?

O Brasil não teve um período deflacionário nos últimos 10 anos. Ou seja, ano após ano, os preços de itens compilados pelo IBGE subiram. Apenas em alguns meses se viu alguma queda, mas em itens localizados e sem força suficiente para haver um recuo na média anual.

Dois exemplos são a crise de 2015 e a pandemia de Covid-19 (principalmente em 2021). Nos dois períodos, os preços subiram por volta de 10% ao ano.

Na pandemia houve um aumento forte da inflação tanto no Brasil quanto no mundo porque diversos países fecharam fronteiras dado o excesso de casos de Covid-19, causando um desajuste completo da oferta de produtos.

Nota do g1

O g1 errou ao informar que o poder de compra da população caiu pela metade nos últimos 10 anos. O estudo usado inicialmente na reportagem utilizava os dados de rendimento da população brasileira e descontava as perdas com a inflação do período.

Os dados usados, contudo, foram de rendimento real da população, o que já considerava o desconto da inflação do período. Assim, os preços foram descontados pela segunda vez, o que provocou o erro de cálculo.

Na verdade, o rendimento médio real do brasileiro teve uma leve alta, de 4,3%, comparando os mesmos trimestres de 2013 e 2023. Isso mostra que os salários foram corrigidos pela inflação e tiveram leve ganho.

Em relação ao poder de compra da população, um levantamento com os dados corretos mostra que houve queda menor do que o indicado, se comparados os salários ao valor da cesta básica.

Jovem morre após ser arremessado para fora de carro em acidente entre Conceição do Coité e Serrinha

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Foto: Divulgação/Águia Resgate

Italo Santos Mota, conhecido também como ‘Tinho’, de 21 anos, morreu em um acidente nesta segunda-feira (22) após ser arremessado para fora de um veículo que capotou na BA-409, trecho entre as cidades de Conceição do Coité e Serrinha, na região sisaleira da Bahia. De acordo com informações da equipe de socorristas voluntários Águia Resgate, o acidente aconteceu próximo ao acesso do distrito Bandiaçu, onde a vítima residia. Segundo os socorristas voluntários, a suspeita inicial é que o jovem tenha perdido o controle da direção de uma picape Strada após uma das rodas se soltar. O veículo estava carregado com ração e milho. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realizar a perícia e remover o corpo para necropsia. Além da Águia Resgate, equipes do Samu e das polícias Militar e Rodoviária Estadual atenderam a ocorrência.

Notícias de Santaluz

Em plena luz do dia, idosa de 74 anos é assaltada e agredida em Queimadas

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Idosa foi à delegacia da cidade registrar um boletim de ocorrência | Foto: Notícias de Santaluz

Uma mulher de 74 anos foi agredida e assaltada na manhã de domingo (21) à estação ferroviária de Queimadas, na região sisaleira da Bahia. A idosa contou que por volta das 11h foi abordada pelo ladrão, que estava sem camisa e trajava bermuda. Conforme a vítima, o homem a ameaçou com uma faca e roubou a quantia de R$ 800, além de cartões e documentos pessoais dela. O criminoso fugiu por uma área de matagal e não foi encontrado. Na manhã desta segunda-feira (21), a idosa foi à delegacia da cidade registrar um boletim de ocorrência. A Polícia Civil vai investigar o caso. Apesar do susto e de ter sido agredida durante o assalto, a mulher não ficou ferida.

Notícias de Santaluz

Corpo de homem é encontrado com marcas de tiros em estrada de terra na região do Pereira, em Santaluz

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Corpo de homem é encontrado com marcas de tiros em estrada de terra na região do Pereira, em Santaluz | Foto: Reprodução/Redes sociais

O corpo de um homem foi encontrado com marcas de tiros, na noite de domingo (21), na estrada entre o distrito Pereira e o povoado Algodões, no município de Santaluz, região sisaleira da Bahia. Uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e permaneceu no local até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que fez a perícia e removeu o corpo para necropsia. Conforme a GCM, a arma usada no crime, possivelmente, foi de calibre 12. Ainda de acordo com a Guarda Municipal, o homem estava sem documentos e não havia sido identificado, até o início da manhã desta segunda-feira (22). Moradores relataram que a vítima teria começado a frequentar a região há pouco tempo. A autoria e motivação do crime serão investigadas pela Polícia Civil.

Notícias de Santaluz

Funcionário reage a tentativa de assalto em posto de combustíveis de Santaluz e dá ‘panadas’ de facão em ladrão; suspeitos foram presos pela PM

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Após funcionário do posto frustrar a tentativa de assalto, suspeitos fugindo deixando para trás duas espingardas | Foto: Divulgação/PM

Dois homens foram presos suspeitos de tentar assaltar um posto de combustíveis localizado nos arredores da Praça do Saber, em Santaluz, na região sisaleira da Bahia. A Polícia Militar informou que a tentativa de assalto ocorreu no início da madrugada desta segunda-feira (22), e que após um funcionário do posto reagir e evitar o roubo, os suspeitos fugiram deixando para trás duas espingardas artesanais. Durante a ação, um dos suspeitos chegou a ser atingido com ‘panadas’ de facão nas costas. Conforme a polícia, o objetivo da dupla era roubar dinheiro do posto, mas o assalto foi frustrado e nenhuma quantia foi levada. Os militares estiveram no estabelecimento e iniciaram diligências. Horas depois, encontraram os suspeitos, que foram levados ao hospital para exame de corpo de delito. Em seguida eles serão encaminhados à central de flagrantes da Polícia Civil para registro de boletim de ocorrência. 

Notícias de Santaluz

Momentos antes da tentativa de assalto ao posto, câmera de segurança flagrou a dupla com espingardas e os rostos cobertos por camisas | Foto: Reprodução/Redes sociais

Como a recente descoberta do primeiro clima árido no Brasil, em área que abrange municípios baianos, pode impactar o restante do país

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Estudo do INPE em parceria com o Cemaden identificou trechos de clima árido numa região de quase 6 mil km² no norte da Bahia | Foto: Arquivo pessoal

Pela primeira vez, especialistas identificaram uma região de clima árido no Brasil, um dado surpreendente e alarmante que tem uma explicação clara: as mudanças climáticas causadas pelo homem.

O trecho de quase 6 mil km² fica no centro-norte da Bahia e abrange toda a área das cidades de Abaré, Chorrochó e Macururé, além de trechos de Curaçá, Juazeiro e Rodelas, municípios baianos que fazem fronteira com o sertão pernambucano.

📝 Contexto: A aridez é a falta crônica de umidade no clima, indicando um desequilíbrio constante entre a oferta e a demanda de água. Ela é permanente e, por isso, difere da seca, período temporário de condições anormalmente secas.

Além desse dado inédito, o estudo feito por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou também que o avanço do semiárido vem ocorrendo num nível acentuado pelo país.

Nos últimos 60 anos, a cada duas décadas, a taxa média de crescimento dessas regiões é de 75 mil km².

E, segundo especialistas ouvidos pelo g1, as consequências dessa expansão são bastantes preocupantes, pois mostram que, se nada for feito, não apenas a disponibilidade hídrica, mas também as atividades agrícolas e pecuárias do nosso país estarão ameaçadas.

Em resumo, as principais conclusões dos estudos são as seguintes:

– A aridez está aumentando em todo o país, exceto no Sul, devido ao aumento da evaporação associada ao aquecimento global. Ou seja, o clima está secando em muitos lugares do Brasil;

– No caso específico do semiárido, essas regiões estão se expandindo de forma acentuada, com uma taxa média superior a 75 mil km²;

– Já no centro-norte da Bahia, pela 1ª vez, foi identificada uma região árida, ou seja, com uma escassez forte de chuvas;

– Tudo isso indica que processos de desertificação, ou seja, a degradação de áreas semiáridas, podem se acelerar nas próximas décadas. Segundo os pesquisadores, até mesmo em outras regiões do país, como o Centro-Oeste;

– Num país como o Brasil, esse é um dado preocupante, pois pode trazer impactos significativos para a produção de energia e agropecuária nacional.

Seca x aridez

Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden e uma das autoras do estudo, explica que a seca é um fenômeno gradual que acumula seus impactos ao longo de um extenso período, persistindo por anos, mesmo após o fim de eventos do tipo.

🚨 Ou seja, a seca, que nada mais é que um termo para uma estiagem prolongada provocada pela deficiência de chuva, deixa uma marca duradoura, com impactos que perduram por muito tempo e que podem ser investigados por pesquisadores.

“Por isso, quando falamos de clima, seca e mudanças climáticas, é crucial ter em mente que precisamos de, no mínimo, 30 anos de dados para uma análise abrangente”, explica Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden.

E foi justamente esse período de análise utilizado na pesquisa do Cemaden e do Inpe.

Para evitar interpretações equivocadas, por exemplo, de um período com uma seca significativa como 2015, que estava com forte influência do El Niño, os pesquisadores analisaram blocos entre os anos de 1960 e 1990, 1970 e 2000, 1980 e 2010 e, finalmente, 1990 e 2020.

Dessa forma, uma compreensão mais precisa das tendências climáticas nestes últimos anos era possível de ser traçada.

Com dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sobre precipitação, temperatura máxima e mínima, radiação solar, velocidade do vento e umidade relativa, foi possível, então, calcular o índice de aridez (IA) de todo o Brasil e desenhar o mapa do começo desta reportagem, referente às décadas de 1990 e 2020.

👉 De forma resumida, dá para dizer que esse índice é um indicador numérico do grau de secura do clima. Quanto menor o número, mais seca é a região. Ou seja, há uma falta crônica de umidade no clima, não apenas uma seca isolada.

– Assim, o índice de aridez de 0.2 indica uma região árida, com chuvas muito escassas.

– Entre 0.2 e 0.5, a região é semiárida, com chuvas um pouco mais abundantes, mas ainda insuficientes.

– Entre 0.5 e 0.65, a região é subúmida seca, com condições de chuva relativamente melhores.

Com todas essas informações em mãos, os pesquisadores compararam as áreas que são consideradas semiáridas, e viram que elas aumentaram em média 75 mil km2 por década (olhando numa média móvel de 30 anos).

Fora isso, quando observaram os períodos de 1970 a 2000 e de 1980 a 2010, perceberam um aumento nas áreas semiáridas às custas das áreas subúmidas secas. No entanto, no período de 1990 a 2020, todas as três classificações de áreas mostraram aumento, indicando uma aceleração nessa tendência.

🚨 Somando todas as áreas juntas (áridas, semiáridas e subúmidas secas), o aumento médio foi de 65 mil km2 por década.

Impactos na produção de energia e agropecuária

Javier Tomasella, pesquisador do Inpe e coordenador do estudo, explica um ponto importante: sua pesquisa não apenas revela mudanças geográficas, mas também realça a necessidade de o Brasil desenvolver estratégias adaptativas, especialmente nas áreas urbanas e na agricultura, onde a eficiência no uso dos recursos hídricos se torna crucial.

“A adaptação a esse novo panorama climático requer a participação ativa de todos os setores econômicos e níveis governamentais. As consequências climáticas se interconectam em todo o país”, afirma Javier Tomasella, pesquisador do Inpe e coordenador do estudo.

Para se ter ideia, segundo dados da Associação Internacional de Energia Hidrelétrica (IHA, na sigla em inglês), o Brasil fica em segundo lugar no ranking dos países com a maior capacidade hidrelétrica instalada do mundo: com 109.4 gigawatts.

Aliado a isso, ainda de acordo com a IHA, o nosso país depende de reservatórios hidrelétricos para gerar mais de 60% da sua eletricidade.

“Infelizmente, a desertificação e a expansão de áreas semi-áridas ou áridas é uma realidade, não só no Brasil, mas também em outros climas, como é o caso do Mediterrâneo. A má distribuição da chuva, com grandes períodos prolongados de seca e a ocorrência de eventos extremos de chuva forte, isolados, parece estar alterando os biomas de forma mais rápida do que prevíamos”, avalia Marcio Cataldi, professor do Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Impactos

Cataldi é autor de outro estudo que chamou atenção para a necessidade de um plano nacional de gestão hídrica, publicado na prestigiada revista Natura e intitulado “O Brasil está numa crise hídrica e precisa de um plano contra seca”.

No artigo, ele explica que o declínio na disponibilidade de água para irrigação e o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos vem prejudicando safras e a criação de animais em boa parte do Brasil, levando a uma redução na produção e, consequentemente, a um aumento nos preços dos produtos agropecuários.

Como mostrou o g1 Bahia, em Chorrochó, uma das cidades com registro de clima árido, as safras de milho, feijão e melancia de agricultores apresentaram baixo rendimento no último ano, justamente por causa do clima mais quente e menos chuvoso, que também trouxe impactos na alimentação do gado de pecuaristas locais.

“Provavelmente, isso está ocorrendo porque, além das alterações no regime de chuva e, consequentemente nas quantidades de calor e umidade destas regiões, a alteração do tipo e uso do solo, com as práticas de queimadas e de desmatamento, está acelerando processos que, naturalmente, duravam centenas ou milhares de anos, para poucas décadas” diz Marcio Cataldi.

Necessidade de ações integradas

No estudo, Cataldi alerta ainda para a urgência de ações integradas, incluindo medidas de monitoramento climático, investimentos em tecnologias sustentáveis, como energia solar e eólica, e a implementação do plano nacional para lidar com a crise hídrica e seus impactos socioeconômicos.

“Investimentos em ciência e tecnologia são essenciais para a busca e implementação de medidas que reduzam impactos socioeconômicos e criem resiliência climática. Sem investimentos em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, o Brasil continuará sofrendo com os efeitos dos cada vez mais frequentes eventos extremos, como secas, enchentes e ondas de calor”, alerta Augusto Getirana, pesquisador da Nasa e doutor em hidrologia pela UFRJ, que também colaborou com o estudo.

Ao g1, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima disse que planeja lançar um Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB Brasil) até setembro de 2024.

“O processo demandará que os diferentes setores repensem projetos de desenvolvimento para o semiárido, com medidas e investimentos para recuperação das áreas, recuperação e proteção da Caatinga e gestão das águas, como uso e revitalização das bacias hidrográficas”, disse a pasta em nota.

O ministério afirmou “também buscará reforçar o diálogo com os governos da Bahia e de Pernambuco para a construção conjunta de um plano de ação para o enfrentamento da aridez”.

Ainda de acordo com o MMA, o texto prevê ações para os próximos 20 anos. Isso incluirá metas específicas de curto, médio e longo prazos, além de arranjos institucionais envolvendo diversos setores.

A pasta informou ainda que o plano terá um sistema de monitoramento para acompanhar o progresso e fornecer resultados à sociedade, sem dar mais detalhes.

“Só conseguiremos nos preparar para o que está por vir, do ponto de vista climático, se diminuirmos as nossas emissões e se formos capazes de criar planos de resiliência que contemplem toda a sociedade, sem exceções, já que todos, também sem exceções, poderão sofrer as graves consequências do que pode estar por vir”, afirma Cataldi.

GCM amplia ações visando garantir segurança e tranquilidade em comunidades na zona rural de Santaluz

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Foto: Divulgação/GCM Santaluz

A Guarda Civil Municipal (GCM) de Santaluz iniciou na última sexta-feira (19), no distrito Pereira e em comunidades circunvizinhas, a Operação Paz no Distrito, após denúncias de roubos a propriedades rurais, perturbação do sossego causado por motos e carros de som, roubos de motos e carros, tráfico de drogas, brigas, depredações de patrimônio público, entre outras.

Foto: Divulgação/GCM Santaluz

Segundo a GCM, nos primeiros dias de operação foram realizadas abordagens e autuações em bares, estradas de acesso as comunidades e locais suspeitos, além da apreensão de veículos cujos condutores foram flagrados cometendo irregularidades.

O comandante da corporação, Daniel Oliveira, informou que os agentes reforçarão as ações na região por tempo indeterminado. “O objetivo principal é garantir paz e tranquilidade aos moradores”, afirmou.

Notícias de Santaluz

Foto: Divulgação/GCM Santaluz

Mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ na Bahia em 2023 representam mais de 8% dos casos em todo o Brasil

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Por g1 BA

Bandeira do orgulho gay erguida por membro da comunidade LGBTQIA+ | Foto: Niranjan Shrestha/AP

O Brasil teve 257 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ no ano de 2023, uma a mais que o registrado em 2022. O dado é de um levantamento feito pelo Grupo Gay Bahia (GGB), a mais antiga Organização Não Governamental (ONG) LGBT da América Latina. O número mantém o país no posto do mais homotransfóbico em todo o mundo.

As conclusões são baseadas em informações coletadas na mídia, nos sites de pesquisa da Internet e correspondências enviada ao GGB, “já que não existem estatísticas governamentais sobre esses crimes de ódio contra a população LGBT”. O trabalho é realizado sem recursos governamentais, por voluntários.

O estudo admite, ainda, um índice de subnotificação, já que muitas vezes é omitida a orientação sexual ou identidade em tais publicações fúnebres. Dentro do que foi levantado, o GGB aponta que o Brasil registrou em 2023 o maior número de homicídios e suicídios da população LGBTQIA+ no planeta e das 257 vítimas, 127 eram travestis e transgêneros, 118 eram gays, 9 lésbicas e 3 bissexuais.

“Isso reflete a violência letal contra travestis e transexuais atualmente. Estimando-se que as trans representam por volta de um milhão de pessoas no Brasil e os homossexuais 20 milhões, o risco de uma transexual ser assassinada é 19% mais alto do que gays, lésbicas e bissexuais”, analisou o professor Luiz Mott, fundador do GGB, o professor Luiz Mott.

O ativista reforça que, em 44 anos de pesquisa, pela primeira vez travestis e transexuais ultrapassaram os gays no número de mortes violentas.

“De igual modo é o calvário vivenciado pelos suicidas LGBT+, onde a intolerância lgbtfóbica, sem dúvida, foi o combustível e o gatilho para minar sua autoestima e desistirem de viver”, afirma Toni Reis, coordenador da Aliança Nacional LGBT.

O documento explica que as lésbicas estão na categoria sexual menos vitimizada, porque “em geral, as mulheres são menos violentas que os homens e se expõem menos do que os gays em espaços de risco”. Além disso, “raramente elas têm relações com pessoas desconhecidas no primeiro encontro”.

Dados por estados

São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará são os estados brasileiros que notificaram mais mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ em 2023, conforme o levantamento.

Entre as capitais, São Paulo aparece na lista com maior prevalência de registros, seguido por Rio de Janeiro, Manaus, Salvador e Fortaleza.

Dados da Bahia

O estudo aponta que o Nordeste teve 94 casos de mortes violentas contra pessoas LGBTQIA+, o que representa 36% do registros no Brasil, em 2023. A região perde apenas para o Sudeste, que detém quase 39%.

“Confirma-se a persistência da homofobia tóxica nordestina do ‘cabra macho’, em tempo que requer dos gestores púbicos e da população em geral uma reflexão sobre medidas efetivas que garantam respeito à vida desta população”, disse Alberto Schmitz, coordenador do Centro de Documentação Luiz Mott do Grupo Dignidade de Curitiba.

Na região, a Bahia, com 22 ocorrências (8,56% dos casos do país), está à frente de Ceará, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, os cinco estados que concentram mais registros.

Em Salvador, foram registradas oito mortes homotransfóbicas, número que coloca a cidade no 4° lugar entre as capitais brasileiras que mais possuem mortes violentas pessoas da comunidade, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus.

Parada do Orgulho Gay no Centro de Salvador | Foto: Maiana Belo/g1 BA



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