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Atletas de Santaluz conquistam 18 medalhas em competição de jiu-jitsu

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Foto: Divulgação

Atletas de diversas cidades se encontraram no domingo (17) para disputar a 15ª edição do Bonfim Open de Jiu-Jitsu, considerado o maior evento da modalidade nas regiões norte e nordeste da Bahia.

A competição é idealizada pelo multicampeão Vugner Silva e foi realizada na cidade de Senhor do Bonfim, no norte do estado, contando com a participação de 320 atletas nas categorias mirim até master.

Com uma delegação de 16 alunos/atletas, o projeto Santaluz Luta Social conquistou 18 medalhas [7 de ouro, 7 de prata e 4 de bronze] e ajudou a Nova União Bahia a garantir o primeiro lugar na disputa por equipes.

Foto: Divulgação

“Gostaria parabenizar o mestre Vugner Silva pela organização de mais um evento grandioso, e agradecer aos pais dos alunos/atletas pela confiança no nosso trabalho, que já dura 14 anos, fomentando o jiu-jitsu como ferramenta de inclusão social não só pelo seu viés esportivo, mas também promovendo ensinamentos como convivência em grupo, comprometimento, disciplina e respeito”, afirma o policial militar, professor e árbitro de jiu-jitsu e coordenador do projeto Santaluz Luta Social, Herikinho Reis.

Notícias de Santaluz

Foto: Divulgação

Concurso para professor é cancelado em Feira de Santana após erros em 20 das 35 questões

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Por g1 BA e TV Subaé

Foto: Freepik

Um concurso público com vagas temporárias para professores da rede municipal de Feira de Santana foi cancelado após os candidatos identificarem que ao menos 20 das 35 questões apresentavam erros ou não estavam em conformidade com o edital.

A prova seria aplicada para 3.200 candidatos na manhã de domingo (17), em dois pontos da cidade: na sede da Unex e na Faculdade Anísio Teixeira. No entanto, ao perceberem os erros, as pessoas deixaram as salas e, na frente dos prédios, pediram o cancelamento do concurso.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que houve um equívoco cometido pela empresa responsável. A prefeitura afirmou ainda que não teve acesso à prova antes dela ser aplicada por questões de sigilo e segurança.

Mais de 3.200 candidatos se inscreveram para concorrer a 80 vagas disponíveis. Cada pessoa pagou R$ 80. As inscrições para a prova aconteceram entre 2 a 10 de setembro.

Também em nota, a empresa responsável pela aplicação da prova lamentou o ocorrido e reconheceu que a situação causou transtornos e inconveniências para os candidatos. A empresa pediu desculpas pelas frustrações causadas e disse que vai remarcar a avaliação.

Vírus que rouba Pix faz limpa em quase todo o saldo da conta sem você notar

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Foto: Reprodução

Uma nova ameaça descoberta pela Kaspersky, empresa especializada em softwares de segurança, permite que cibercriminosos roubem valores de Pix de um celular “infectado” sem que a pessoa perceba logo de cara. O vírus afeta apenas aparelhos com sistema Android.

Funciona assim: um trojan bancário (um programa disfarçado instalado no celular) consegue trocar a chave Pix durante uma transferência bancária para uma do criminoso.

O vírus pode não só alterar o destino do dinheiro, como mudar também o valor da transferência — com base no quanto a vítima tem no banco. De diferente no processo, há apenas um certo tremor na tela.

Em um vídeo obtido pela empresa e visto pela coluna Tilt, do UOL, a companhia verificou que há modalidades desta “praga” que conseguem roubar quase todo o saldo da conta.

O vídeo mostra uma pessoa que tenta transferir R$ 1 para um conhecido. Na hora de digitar a senha para concluir o processo, ela volta para verificar se está correto, mas há o nome de outra pessoa e o valor de R$ 636,95 (97% do valor do saldo da pessoa, que no caso era R$650). Neste caso, a vítima só notaria a perda do dinheiro após verificar o saldo.

Chamado de Brats, o trojan bancário já foi detectado mais de 1.500 vezes de janeiro até o momento, segundo a empresa. A Kaspersky alerta que há risco de a ameaça se espalhar ainda mais. Já é o segundo trojan bancário com mais detecções pela companhia, mesmo tendo sido descoberto apenas no fim do ano passado.

Este trojan é uma evolução do chamado golpe da mão invisível. O “Br” do nome Brats vem do Brasil —até um momento é uma exclusividade do país. E o “ats” vem da sigla em inglês de sistema automatizado de transferência.

No golpe da mão invisível, um smartphone infectado ao entrar em um app bancário notifica o cibercriminoso. Ele, então, consegue ter acesso remoto ao aparelho e tomar conta, podendo alterar valores de transferências e realizar outras operações.

“Este novo trojan, o Brats, não exige que o cibercriminoso esteja em frente ao computador para executar a transferência bancária. O criminoso pode estar na praia enquanto o malware está roubando as pessoas. Isso faz com que eles consigam ganhar no volume”, afirma Fabio Marenghi, analista de segurança de informação da Kaspersky.

Cibercriminosos têm preferência pelo Pix por promover transferência instantânea de dinheiro: uma vez transferido o dinheiro, ele é rapidamente enviado para diversas contas para dissipar os valores.

Pacientes que usam flores de maconha temem ficar entre a farmácia e o tráfico

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Por Folhapress

Extrato de medicamento de maconha medicinal | Foto: Freepik

Pacientes que fazem tratamento com flores de Cannabis no Brasil para amenizar sintomas de doenças como câncer, epilepsia, mal de Parkinson, esclerose e fibromialgia estão numa corrida contra o tempo.

Eles foram pegos de surpresa, em julho passado, pela nota técnica da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) que proibiu a importação de flores de maconha para fins medicinais e deu prazo de 60 dias para as últimas importações.

A data limite de postagem de produtos importados ao país é o próximo dia 20, quarta-feira, o que gerou corre-corre de pacientes, uma avalanche de pedidos nas importadoras e ainda questionamentos na Justiça.

“Quando soube da notícia, tive uma crise de pânico”, afirma o cenógrafo e DJ Fabrizio Pepe, 34, que tem de fibromialgia e, desde janeiro, faz uso de três tipos de flores de cannabis importadas da Califórnia e vaporizadas para o controle de dores e efeitos colaterais.

“As flores são como um analgésico de efeito imediato, e também melhoraram meu sono, que era horrível por causa da rigidez muscular provocada pela dor”, afirma, ressaltando que as flores têm zero ou baixíssima concentração de THC (tetrahidrocanabinol), responsável pelo efeito psicotrópico da planta cannabis.

Quando suas últimas flores desembarcarem no país, seu prognóstico é retomar os medicamentos convencionais que havia abandonado. “É tudo o que eu não queria porque o remédio para dor leva ao remédio para a depressão e a outro para dormir”, relata.

Outros pacientes que usam flores vaporizadas agora temem ter que buscar alternativas de tratamento, seja nas prateleiras das farmácias ou no mercado ilegal de drogas.

Empresas e associações estimam que cerca de 5.000 pessoas façam uso medicinal de flores de maconha no Brasil, importadas por meio da resolução 660 (RDC 660) da Anvisa, de 2022. Não há dados oficiais.

A norma permite que pacientes cadastrados na agência importem produtos com THC e com CBD (canabidiol) mediante prescrição médica e a assinatura de termo de esclarecimento e responsabilidade sobre a ausência de segurança e de comprovação científica da eficácia dos produtos para tratamentos.

O argumento da falta de evidências, que vale para a quase todos os produtos derivados da Cannabis importados via RDC 660, foi apresentado pela Anvisa como uma das justificativas para o recente veto apenas à importação de flores. Para a agência, neste caso, há “alto potencial de desvio para fins ilícitos”.

A agência tem respondido a ações na Justiça com registros de propagandas irregulares de flores de maconha, que é um produto controlado, e de promoções de empresas do setor que prometem “legalizar” o consumo de flores de maconha por meio da obtenção de receitas médicas.

Um caso emblemático foi o da empresa The Hemp Complex, que tem como um dos sócios o rapper Marcelo D2, ex-Planet Hemp, e que lançou em julho passado uma campanha cujo slogan era “Bora ficar legal”. Poucos dias depois, a Anvisa publicou a nota proibindo a importação de flores.

Kennedy Filho, CEO da Just Hemp, que comercializa óleos e cremes de cannabis e também importava flores para fins medicinais até a proibição, afirma que era sabido que algumas empresas praticavam irregularidades. “Mas é triste ver que, no lugar de criar regras e conter abusos, a Anvisa tenha adotado uma medida arbitrária que prejudica pacientes.”

O neuropediatra Eduardo Faveret explica que a vaporização de flores de maconha é um complemento importante ao tratamento com óleos de cannabis, via oral, cujo efeito demora para ocorrer.

“A vaporização é muito adequada como via de urgência, nos momentos de agudização de dores e ansiedades”, afirma. “Em comparação com a administração via oral, a via inalatória gera níveis de 3 a 5 vezes maiores de concentração dos princípios ativos no sangue do paciente. A vantagem é a rapidez do efeito e sua duração mais curta.”

Caroline Heinz, CEO e fundadora da Flowermed, que afirma atender a 2.600 pacientes na importação de flores, contesta os argumentos da Anvisa para a proibição. “A Anvisa não provou que houve desvio dos produtos nem que a forma vaporizada de administração da cannabis não tem evidência científica.”

“Muitas empresas que investiram na comercialização de óleo em farmácias [permitida pela RDC 327 e que requer grandes investimentos] estavam incomodadas com o volume de vendas das empresas que trabalhavam com a importação de flores de cannabis”, diz.

Não existem dados oficiais sobre o volume de importação de flores de maconha medicinal, cujas autorizações cresceram mais de 90 vezes em sete anos. Em 2015, primeiro ano da importação de produtos à base de maconha medicinal, a Anvisa autorizou 850 importações. Em 2022, foram 79.995.

A Anvisa não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre eventuais pressões de empresas do setor de óleo de maconha. Em nota, a agência informou que o conceito de produto à base de Cannabis está regulamentado na RDC 327 e que a “normativa sanitária veda o uso sob a forma de droga vegetal ou suas partes”. A nota não explica por que, então, flores eram importadas até julho passado.

Para o advogado Emílio Figueiredo, pioneiro no país no uso de habeas corpus para garantir o cultivo pessoal para uso medicinal, a decisão da Anvisa de proibir flores de cannabis “fortalece as empresas que vendem o produto na forma óleo e que vinham sentindo um crescimento abaixo do esperado por conta do sucesso das flores importadas”.

Em nota, a BRcann (Associação Brasileira das Indústrias de Canabinoides), que reúne empresas do setor dedicadas à produção de óleo para venda em farmácia, nega eventuais pressões na Anvisa e diz que apoia a decisão da agência por considerá-la “uma reação taxativa contra o uso indevido” da RDC 660.

A Abrace (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança), primeira instituição do país a obter autorização judicial, em 2017, para cultivar maconha para fins medicinais, diz que vai recorrer aos tribunais mais uma vez, agora para poder oferecer flores aos seus associados.

A proposta é limitar o fornecimento de flores somente para pacientes com câncer, epilepsias, doenças neuropáticas, Parkinson, Síndrome de Tourette e transtorno de ansiedade generalizada.

“Nossa missão é lutar para que os pacientes tenham acesso a tratamento, não importa se é flor, se é pomada, se é óleo. A dor não pode esperar”, diz Cassiano Gomes, fundador e diretor-executivo da Abrace, que tem 40 mil associados.

Catarina Leal, 41, tem câncer metastático nos ossos e diz precisar da planta. “A quimioterapia dificulta a alimentação e a vaporização melhora o meu apetite.”

“O óleo, além de demorar para fazer efeito, às vezes provoca efeitos gástricos indesejáveis. Eu não faço uso recreativo, é uma necessidade”, afirma ela, para quem a negação do tratamento vai empurrar as pessoas para o mercado ilegal.

Fentanil: nova onda de overdoses assola EUA e mata quase 300 por dia

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Por BBC

Mulher fumando fentanil em rua de Los Angeles, Estados Unidos | Foto: GETTY IMAGES via BBC

Cada vez mais americanos morrem por overdose de fentanil, à medida que uma nova onda da epidemia de opioides começa a se espalhar pelas comunidades dos quatro cantos do país.

Há seis anos, Sean morreu de uma overdose acidental por fentanil em Burlington, no Estado de Vermont. Ele tinha 27 anos.

“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho.

“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.”

Neste ano, os Estados Unidos testemunharam um marco sombrio: pela primeira vez, as overdoses mataram mais de 100 mil pessoas em todo o país num único ano.

Dessas mortes, mais de 66% estavam ligadas ao fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.

O fentanil é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.

Mas a droga também é fabricada e vendida por traficantes. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos.

Em 2010, menos de 40 mil pessoas morreram por overdose de drogas em todo o país, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil.

Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.

A mudança de cenário é detalhada num estudo divulgado recém-publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O trabalho examina as tendências nas mortes por overdose no país entre 2010 e 2021, utilizando dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Os dados mostram claramente como o fentanil redefiniu as overdoses nos Estados Unidos na última década.

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.

Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil.

O aumento das mortes relacionadas à droga foi observado pela primeira vez em 2015, revelam as estatísticas.

Desde então, o entorpecente se espalhou pelo país e a taxa de mortalidade cresceu de forma acentuada.

“Em 2018, cerca de 80% das overdoses por fentanil aconteceram a leste do rio Mississippi”, disse à BBC Chelsea Shover, professora assistente da UCLA e coautora do estudo.

Mas, em 2019, “o fentanil passa a fazer parte do fornecimento de drogas no oeste dos EUA e, de repente, esta população que estava resguardada também ficou exposta, e as taxas de mortalidade começaram a subir”, segundo a pesquisadora

Na pesquisa recente, os especialistas alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes, como a cocaína ou a metanfetamina.

Essa tendência é observada em todos os EUA, embora de formas diferentes devido aos padrões de consumo que diferem de região para região.

Os investigadores encontraram, por exemplo, taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas ao consumo de fentanil e cocaína em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes geralmente são de fácil acesso.

Mas em praticamente todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, as mortes foram causadas principalmente pelo uso de metanfetaminas e fentanil.

Blake, que também é médica, disse que seu filho usava cocaína esporadicamente, embora o exame toxicológico tenha encontrado apenas fentanil em seu organismo.

Ela aprendeu que muitos misturam diferentes substâncias para obter uma sensação prolongada.

“Não é nenhuma surpresa para mim esse aumento tão grande nas combinações de estimulantes e opioides”, observa Blake.

Quando o fentanil chegou pela primeira vez aos EUA como parte do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”, lembra Shover. Mas o opioide sintético tornou-se amplamente disponível porque é mais barato de produzir em comparação com outras drogas.

Ele também é altamente viciante — isso significa que dependentes ficam expostos ao entorpecente e muitas vezes o procuram como uma forma de evitar abstinências dolorosas relacionadas a outras substâncias.

Nos EUA, o estudo identificou que Alasca, Virgínia Ocidental, Rhode Island, Havaí e Califórnia como os estados com as taxas mais elevadas de mortes por overdose em que há mistura de fentanil e estimulantes.

Esses locais têm taxas historicamente altas de uso de drogas, segundo Shover. Com a chegada do fentanil, esse consumo tornou-se ainda mais letal.

Um problema que atravessa classes sociais

A crise dos opioides tem sido tradicionalmente retratada como um “problema dos brancos”, destaca Shover.

No entanto, o estudo recente revelou que os afro-americanos estão morrendo ao combinar fentanil e estimulantes a taxas mais elevadas, em todas as faixas etárias e limites geográficos.

Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, os dados refletem o que é visto na prática.

Ela faz um trabalho de divulgação com a A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater um aumento notável de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.

Como parte do trabalho, Watts-Pearson visita frequentemente barbearias, bares e mercearias para falar com as pessoas sobre os impactos do fentanil.

Ela considera que há falta de conscientização sobre o tema, motivada em parte pelas disparidades históricas de saúde vivenciadas por grupos raciais e étnicos.

Mesmo as campanhas de marketing feitas para conscientizar sobre a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos, critica ela.

“Se eu dirigir até a cidade de Avondale agora mesmo, há um outdoor que fala sobre a ‘Crise dos Opioides’, mas na mensagem aparecem duas pessoas brancas”” exemplifica Watts-Pearson.

Ela aponta que as drogas misturadas com fentanil são uma grande barreira para a comunidade. Segundo a ativista, muitas pessoas acabam consumindo o entorpecente sem saber — e desenvolvem uma dependência.

“Os legistas veem pessoas com overdose que morreram por causa de cocaína, crack e vestígios de fentanil”, diz ela.
“Isso está infiltrado na comunidade negra e não há gente suficiente falando sobre o assunto.”

Quarta onda

O abuso de fentanil em combinação com outras drogas marca o início de uma “quarta onda” da crise nos EUA, avaliam os pesquisadores.

A primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica. Em 2010, houve uma segunda onda de overdoses, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.

Especialistas como a professora Shover alertam que as opções de tratamento para a quarta onda não acompanham a demanda.

“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.

“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”

Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.

“Todo mundo tem uma história e, para um pai que perdeu um filho, isso dura para sempre”, diz ela.

Seu filho fez tratamentos contra dependência algumas vezes.

A experiência ensinou à Blake que as opções terapêuticas variam de Estado para Estado e, em muitos casos, o que está disponível não é suficiente.

“O ideal seria que as pessoas recebessem tratamento rapidamente, sempre que quisessem e a longo prazo”, destaca ela.

Blake também sugere a criação de locais para a prevenção de overdose, onde as pessoas pudessem usar drogas com segurança e sob supervisão.

Esses lugares estão amplamente disponíveis no Canadá — que tem a sua própria crise de fentanil — mas existem apenas duas instalações do tipo nos EUA inteiro.

Acima de tudo, Blake apelou à compaixão e à compreensão para aqueles que lutam contra o uso de substâncias.

“A maioria das pessoas com quem converso dizem que seus filhos não queriam morrer.”

Carro capota e cai sobre a linha férrea em Santaluz

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Carro capota e cai sobre a linha férrea em Santaluz | Foto: Divulgação/Guarda Civil Municipal

Um carro modelo Fiesta capotou na manhã deste domingo (17), na Rua J.J. Seabra, em Santaluz, na região sisaleira da Bahia, e caiu sobre a linha férrea. Não há detalhes sobre as circunstâncias do acidente. O condutor do veículo foi resgatado por policiais militares, guardas civis municipais e socorristas do Samu.

Carro capota e cai sobre a linha férrea em Santaluz | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Guarda Civil Municipal informou que o homem estava consciente e foi encaminhado ao hospital com ferimentos leves. O carro foi retirado da linha férrea com a ajuda de pessoas que passavam pelo local no momento do acidente.

Notícias de Santaluz

Datafolha: cai o otimismo com o futuro da economia entre eleitores de Lula

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Por g1

Foto: Adriano Machado/Reuters

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (17) pelo jornal “Folha de S. Paulo” mostra que diminuiu o otimismo com o futuro da economia entre eleitores do presidente Lula. Na pesquisa de dezembro de 2022, 79% responderam que a economia iria melhorar nos próximos meses. Em setembro deste ano, este índice caiu para 66%.

A pesquisa foi feita nos dias 12 e 13 de setembro, e realizou 2.016 entrevistas em 139 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Entre os eleitores do presidente, o número de pessimistas com o futuro da economia passou de 1% em dezembro para 5% em março. Agora os que acreditam que a economia vai piorar somam 7%.

Já os que acham que a economia vai ficar como está eram 18% em dezembro, índice que se manteve em março deste ano, subindo para 25% em setembro.

A pesquisa também mostra que a polarização persiste no país, porque entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro as previsões são opostas. Entre eles, 52% acreditam que a economia vai piorar nos próximos meses, 31% respondeu que irá ficar como está e 16% que vai melhorar.

Quando não se separa entre eleitores de Lula e Bolsonaro, a tendência geral também é de queda no otimismo no futuro da economia. Em dezembro de 2022, 49% acreditava que a economia iria melhorar nos próximos meses. O percentual passou para 46% em março e 41% neste mês.

Já os que acreditam na estabilidade, o índice variou entre 28% em dezembro, 26% em março e 29% em setembro. O pessimismo também cresceu no quadro geral. Foi de 20% em dezembro para 26% em março e 29% neste mês.

Assim como no futuro da economia do país, os entrevistados otimistas com sua economia pessoal também diminuíram. Em dezembro de 2022, 59% achavam que sua situação econômica pessoal iria melhorar nos próximos meses. Em março, este índice foi para 56%, variando para 55% em setembro.

Enquanto o otimismo caiu quando são questionados sobre o futuro, a parcela de brasileiros que relata melhora na economia subiu e atingiu o maior patamar registrado na série histórica do Datafolha.

Em dezembro, 26% relatavam melhora na economia. Em março, 23%. Seis meses depois, este índice subiu para 35%.

Entre os que acham que a situação ficou como estava, eram 35% em dezembro, 41% em março e 28% em setembro.

Houve uma variação para baixo no número de brasileiros que acha que a economia piorou. Eram 38% em dezembro, 35% em março, mantendo o percentual neste mês.

Número de pessoas que trabalham em casa cresce mais de 50% após pandemia

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Por Folhapress

Foto: Freepik

O número de pessoas que trabalham em casa aumentou em torno de 53,5% após a pandemia no Brasil. É o que sinalizam dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o órgão, o número de ocupados no setor privado que trabalhavam no seu domicílio de residência chegou a 6,9 milhões em 2022.

Trata-se do maior nível da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012.

Em termos absolutos, o contingente representa uma alta de 2,4 milhões frente a 2019, o ano anterior à pandemia. O crescimento de 53,5% vem dessa comparação.

Conforme o IBGE, o grupo que trabalha em casa vai além dos profissionais que prestam serviços para empresas em regime de home office, uma modalidade em evidência na pandemia.

Autônomos que realizam atividades laborais nos seus domicílios de residência também fazem parte desse contingente.

“Pode ter a pessoa que exerce o home office para uma empresa, como também pode ter o carpinteiro com uma oficina em casa, a costureira que não está em uma loja ou em uma fábrica, a pessoa que prepara comida e vende. Está tudo representado aqui”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

Os 6,9 milhões de trabalhadores em casa correspondiam a 8,5% da população ocupada no setor privado em 2022 (81,6 milhões), desconsiderando os serviços domésticos. É o maior percentual da série histórica. A proporção era de 5,8% em 2019.

Apesar do crescimento, o domicílio está distante de ser o principal local de trabalho dos brasileiros. Em 2022, mais da metade dos ocupados no setor privado (57,9%) ainda atuava no que o IBGE chama de estabelecimentos dos próprios empreendimentos.

Essa definição engloba endereços como lojas, escritórios e fábricas. O respectivo percentual, contudo, vem em queda: já superou 60% ao longo da série histórica, antes de atingir 58,7% em 2019 e 57,9% em 2022.

No ano passado, o local designado pelo empregador, patrão ou freguês (13,7%) veio em seguida no ranking dos endereços de trabalho. Segundo o IBGE, essa categoria inclui, por exemplo, eletricistas, entregadores e bombeiros hidráulicos. Fazenda, sítio, granja e chácara (10%) aparecem depois na lista de locais de trabalho, acima dos domicílios de residência.

A divulgação referente a 2022 marca a retomada desse módulo na Pnad, após a interrupção nos anos iniciais da pandemia (2020 e 2021). À época, as restrições sanitárias dificultaram a coleta dos dados do IBGE.

Operação conjunta prende sete pessoas e apreende quase meia tonelada de cocaína no interior da Bahia

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Droga estava sendo escondida em carga de frutas para exportação | Foto: Divulgação/PM

Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Militar da Bahia e de Pernambuco resultou na apreensão de 437 quilos de cocaína e na prisão de sete pessoas, na noite de quinta-feira (14), na cidade de Juazeiro, no norte baiano. A PM informou que os suspeitos foram flagrados em um galpão no momento em que escondiam a droga em meio a uma carga de frutas, que seria exportada para outros países. A ocorrência foi encaminhada para a sede da Polícia Federal em Juazeiro.

Notícias de Santaluz

PM apreende farta quantidade de drogas após denúncia de ‘blitz do tráfico’ na zona rural de Serrinha; suspeito morre durante confronto

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PM apreende farta quantidade de drogas após denúncia de ‘blitz do tráfico’ na zona rural de Serrinha; suspeito morre durante confronto | Foto: Divulgação/Polícia Militar

Um homem morreu durante um confronto com policiais militares na zona rural de Serrinha, região sisaleira da Bahia, na noite de quinta-feira (14). A Polícia Militar informou que uma equipe da Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto) do 16º Batalhão foi apurar denúncia de que homens armados estariam abordando transeuntes e veículos na estrada de acesso ao povoado Laje, numa espécie de ‘blitz do tráfico de drogas’, e quando os policiais chegaram no local, foram recebidos a tiros. Conforme a PM, os militares revidaram e um dos suspeitos acabou atingido. O homem foi socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A PM disse ainda que pelo menos dois suspeitos fugiram e não foram encontrados. Um revólver calibre 38 com numeração suprimida, 104 pedras de crack e porções de maconha pesando aproximadamente 1kg, além de munições e uma balança de precisão foram apreendidos durante a ação.

Notícias de Santaluz



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