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Foto: Notícias de Santaluz

A sessão da Câmara de Santaluz, nesta quarta-feira (18), terminou com o projeto da Bolsa EJA fora da pauta e um impasse instalado entre vereadores e o governo municipal. A proposta da prefeitura previa um benefício de R$ 75 por mês para estudantes da Educação de Jovens e Adultos, mas sete vereadores apresentaram uma emenda para aumentar esse valor para R$ 100. O governo articulou a retirada do projeto, temendo que a mudança fosse aprovada.

A secretária de Educação, Marli Nunes, estava no plenário com uma comitiva da pasta e acompanhou de perto a movimentação. O clima era de expectativa, mas a votação acabou adiada, com o compromisso de que o projeto deve voltar à pauta numa sessão extraordinária marcada para a próxima segunda-feira.

Os vereadores Jó, Sérgio Suzart, Jeová da Serra Branca, Paulão, Higor de Paulo, Peu e Milson do Pereira são os que defendem o aumento. Para eles, o valor de R$ 75 é insuficiente diante das dificuldades enfrentadas por quem está tentando voltar a estudar. Higor de Paulo argumentou que o impacto de R$ 100 no orçamento do município seria mínimo e que a prefeitura tem condições de bancar o reajuste sem prejuízo financeiro. Ele também destacou que emendar projetos do Executivo é um direito do Legislativo — desde que respeite os limites legais — e que, nesse caso, há espaço orçamentário para isso.

Paulão e Milson do Pereira reforçaram a fala. Os dois citaram, junto com Higor, exemplos de cidades da região que já pagam valores maiores para estudantes da EJA — inclusive municípios com menos recursos do que Santaluz. Milson chamou atenção para a comparação: “Se outras prefeituras menores conseguem pagar, por que Santaluz não pode garantir um valor mais digno?”, questionou durante o debate.

A presidente da Câmara, vereadora Jó, afirmou durante a sessão que o aumento do valor é uma medida de justiça social. “Estamos tratando de pessoas que voltaram a estudar com dificuldade, enfrentando uma rotina dura. R$ 100 não é um valor alto para o município, mas pode representar muito para quem está lutando por uma nova oportunidade. Não se trata só de um auxílio, é uma forma de garantir uma ajuda para esses estudantes com o básico”, disse.

Na outra ponta, os vereadores Santinho, líder do governo na Câmara, e Luizão, alegaram que a emenda poderia criar despesas para o Executivo, o que não seria permitido. Mas o discurso foi visto por parte dos colegas como uma forma de barrar o aumento do benefício.

Agora, com o projeto fora da pauta e a pressão aumentando, o que se espera para segunda-feira é mais uma rodada de discussões — e, possivelmente, um novo embate entre quem defende o texto original e quem quer um Bolsa EJA de R$ 100 com mais impacto real na vida dos estudantes.

Notícias de Santaluz

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