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Por Valor Econômico

Foto: Reprodução/Facebook

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O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira que o auxílio emergencial não terá continuidade em 2021 e minimizou mais uma vez a pandemia, apesar de o país já ter registrado mais de 7,5 milhões de casos de covid-19 e 192,7 mil mortes. Ao passear pela Praia Grande, no litoral paulista, Bolsonaro criticou os governadores por determinarem medidas de isolamento social, com o fechamento de comércios e serviços, e disse que mantém a mesma estratégia desde o começo da pandemia: “Toca a vida”.

O presidente disse que o país se endividou para conter a pandemia e “chegou ao limite” em relação ao auxílio emergencial. “Sei que muitos cobram, querem coisa melhor e alguns esquecem até que estamos terminando um ano atípico, onde nós nos endividamos em R$ 700 bilhões para conter a pandemia, [para] dar o auxílio emergencial para quem perdeu tudo. Os informais, em grande parte, perderam tudo, a renda foi a zero. Querem que a gente renove [o auxílio emergencial], mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite”, disse o presidente a uma pessoa de sua comitiva, que gravou a declaração e divulgou no Facebook.

Na terça-feira (29), a Caixa Econômica Federal pagou a última parcela do auxílio emergencial a 3,2 milhões de pessoas, encerrando o calendário de pagamentos. O programa foi lançado em abril para ajudar trabalhadores autônomos e desempregados, afetados pela pandemia.

Em seguida, o presidente disse “pedir a Deus para que tudo volte à normalidade” e fez um apelo a alguns governadores que, nas palavras dele, “teimam em fechar tudo”.

“Não deu certo, seis meses de lockdown não deu certo e essa política não pode continuar sendo dessa forma. O povo está aqui na praia. Nem vou falar que tem aglomeração. Como eu disse no começo, nós temos que enfrentar, tomar conta dos mais idosos, quem tem comorbidade. Toca a vida. E economia tem que andar de mão dada com a vida”, declarou o presidente.

O número de casos de covid-19 e de mortes pela doença voltou a aumentar no país. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.075 mortes pela doença e 57,2 mil novos casos.

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