:: ‘Destaque3’

Foto: Roberto Parizotti/ CUT

A investigação que embasou a denúncia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e Aloizio Mercadante mostra que a ex-presidente usou e-mail secreto para alertar os marqueteiros João Santana e Mônica Moura do risco de prisão. Além disso, também foram confirmadas trocas de mensagens e telefonemas entre Dilma e o casal. A informação foi delatada pelos marqueteiros neste ano. Na época, Dilma divulgou nota dizendo ser “fantasiosa” a versão de que informava delatores sobre o andamento da Operação Lava Jato. De acordo com O Globo, a denúncia conclui que a obstrução das apurações ocorreu mediante criação e utilização de Dilma de correios eletrônicos especificamente voltados para o repasse de informações sobre a Lava Jato. Em nota, a assessoria de Dilma informou que a posição dela continuava a mesma daquela expressa em nota logo após a denúncia: que a atitude de Janot é lamentável e sem qualquer fundamento. Além disso, a petista afirmou que as investigações se basearam em interceptações telefônicas ilegais.

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

No depoimento prestado aos investigadores do Ministério Público Federal (MPF), no dia 23 agosto, o doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador financeiro do PMDB na Câmara, afirmou que “Eduardo Cunha redistribuía propina a Temer, com ‘110% de certeza'”. Após assinar acordo de delação premiada, ele detalhou como funcionava o esquema de desvio de dinheiro dentro do partido. Na semana passada, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o presidente e mais seis peemedebistas por organização criminosa. Segundo a acusação, os desmandos ocorriam, principalmente, na Petrobras, Furnas, Caixa, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados. De acordo com Funaro, segundo informações de O Globo, houve até mesmo um racha no partido, depois que o grupo de Cunha, Henrique Alves (PMDB-RN) e Funaro passou a disputar espaço na Caixa com a turma de Moreira Franco, de olho no FI-FGTS, fundo de investimento alimentado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e que, segundo eles, “era uma fonte de renda”. 

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (20) que o Brasil saiu da  “pior recessão da história” e que agora é o momento de investir no país. A afirmação foi feita no seminário Oportunidades de Investimentos no Brasil, promovido pelo jornal Finantial Times, em Nova York. “Agora é o momento que a economia vai começar a crescer, mas os preços ainda não refletem essa retomada”, disse o ministro. De acordo com informações da Agência Brasil, Meirelles destacou a aprovação da reforma trabalhista, o estabelecimento de um teto para os gastos públicos e a proposta de uma taxa de juros do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mais alinhada com o mercado como fatores que melhoraram a situação do país. Além disso, segundo ele, o governo está empenhado em aprovar a reforma da Previdência. “Os agentes econômicos estão confiantes que estamos no trilho certo e a economia vai continuar crescendo”, disse. Na semana passada, Meirelles recebeu para almoço em sua casa deputados da bancada de seu partido, o PSD. Ele foi convidado para ser candidato a presidente nas próximas eleições. Meirelles, no entanto, negou que seja pré-candidato.

Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Já se passaram duas semanas desde que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador. No entanto, o suposto dono do dinheiro, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ainda não se pronunciou sobre o assunto. Geddel foi preso três dias depois da descoberta, pois a PF identificou digitais do ex-ministro no dinheiro. Além disso, o dono do apartamento confirmou que havia emprestado o imóvel ao peemedebista. De acordo com a Folha de S. Paulo, o depoimento de seu ex-assessor Gustavo Ferraz, também preso pela PF, deve complicar ainda mais a situação de Geddel. Ferraz disse em seu primeiro depoimento que transportou dinheiro de São Paulo para Salvador a mando do ex-ministro. “Ele está disposto a colaborar com a Justiça”, disse Pedro Machado de Almeida Castro, responsável pela defesa de Ferraz. O advogado já solicitou uma audiência de custódia ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, mas ainda não obteve resposta. A defesa ainda ingressou com pedido de habeas corpus no TRF (Tribunal Regional Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, o primeiro foi negado e o segundo ainda será analisado. Já o advogado de Geddel disse que só deve se manifestar quando tiver acesso aos autos e aos elementos de prova citados no decreto que determinou a prisão do ex-ministro.

Por G1

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo

A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (19) a proposta que transformava o atual sistema eleitoral no “distritão” em 2018 e no “distrital misto”, em 2022. A mudança valeria para escolha de deputados e vereadores. O sistema atual é o proporcional, no qual o eleitor vota no candidato ou no partido – cada legenda pode se juntar a outras, formando coligações. As vagas são distribuídas após um cálculo com base nos votos. São eleitos os mais votados das coligações ou partidos. Pelo “distritão”, cada cidade ou estado passaria a ser considerado um distrito e seriam eleitos os candidatos a vereador e a deputado que recebessem mais votos. Após meses de negociações, o texto foi colocado em votação no plenário nesta terça mesmo sem consenso entre as legendas. Na semana passada, a proposta chegou a ser discutida, mas a sessão foi encerrada já na madrugada por falta de quórum. Os líderes partidários da Câmara decidiram nesta terça colocar o texto em votação novamente, mesmo sem concenso, com o objetivo de encerrar as discussões sobre o tema fosse com a aprovação ou rejeição da proposta. A proposta teve o apoio de PMDB, PP, PTdoB, PSDB, PSD, DEM, Pode e SD. Partidos como PT, PR, PSB, PRB, PDT, PTB, PROS, PSL, PCdoB, PPS, PHS, PV, PSOL e PEN orientaram as bancadas a votar contra o texto.

Temer participa de cerimônia de posse da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge | Foto: Marcos Corrêa/PR

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cogitam a possibilidade de devolver à Procuradoria-Geral da República (PGR) a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O documento foi assinado por Rodrigo Janot, procurador-geral até o último domingo (17). Nesta segunda, a nova PGR, Raquel Dodge, assumiu o cargo. Se o STF devolver a denúncia, caberá a Dodge revisar o trabalho de Janot – seu adversário. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, pelo menos quatro magistrados já conversaram sobre o assunto internamente. O advogado de Temer, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, apresentou uma petição defendendo que a denúncia seja devolvida. A justificativa é que a maior parte dos fatos elencados teriam ocorrido antes de o peemedebista assumir o mandato. Pela lei, o presidente da República não pode responder por supostos crimes anteriores ao cargo, apenas quando sair dele. 

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

O governador da Bahia, Rui Costa, mostrou confiança quanto à sua reeleição em evento no domingo (17). Durante discurso no congresso do PSB, o petista afirmou que, ao declarar que renunciaria ao cargo em troca de antecipação das eleições, o fez por saber que seria eleito novamente, caso concorresse. “Quando disse que coloco meu mandato à disposição para gente antecipar eleições, primeiro, não é retórica. Eu confio que, se tivesse eleição, eu ganharia de novo a eleição”, disse, sendo aplaudido pelos presentes. De acordo com o Bahia Notícias, o governador ainda provocou aqueles que se dizem contra a realização de eleições diretas antes do ano que vem. “Aqueles que têm medo de não serem reeleitos não querem eleição agora. Preferem estar usurpando o poder para isso, fazer perseguição a prefeito e ao estado”,  atacou. O petista também revelou o desejo de governar a Bahia em outro cenário político. “Eu queria estar governando em outro [cenário] em que eu não tenha que ouvir de empresários: ‘Arrume o país de vocês primeiro e depois me convidem para investir aqui’. Eles não dizem isso por questão de educação, mas é isso que querem dizer”, afirmou.

Pneus de caminhão foram levados por assaltantes | Foto: Blog do Sigi Vilares

Um caminhoneiro foi amarrado em uma árvore durante um assalto próximo à rodovia BR-242, na cidade de Barreiras, oeste da Bahia, na madrugada de domingo (17). Apesar do susto, ninguém ficou ferido. Os assaltantes fugiram. De acordo com o G1, ele foi abordado pelos criminosos quando dormia no estacionamento de um posto de gasolina e levado para um terreno próximo, onde foi amarrado na árvore. Além dele, uma outra pessoa não identificada que estava próxima do carro no momento do assalto também foi levada e amarrada. As vítimas conseguiram escapar porque conseguiram cortar o lacre a que estavam presas com cortador de unhas. Os assaltantes levaram 23 pneus da carreta e cheques do caminhoneiro. O caso foi registrado na Delegacia de Luís Eduardo Magalhães.

Foto: Suely Melo/ G1

A Polícia Federal em Alagoas deflagrou a operação Afronta II na manhã desta segunda-feira (18), mirando uma organização criminosa que fraudava concursos públicos em todo o país, usando pontos eletrônicos. De acordo com informações do Bahia Notícias, são cumpridos dois mandados de prisão temporária, quatro de condução coercitiva e 10 de busca e apreensão na capital, Maceió, nos municípios alagoanos de Marechal Deodoro, União dos Palmares e Arapiraca, além de São Paulo, Campinas e Sorocaba. A primeira fase da operação foi realizada em 2015, quando o objeto de investigação era fraude em um concurso do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, destinados a técnicos e analistas judiciários. Foram indicadas nove pessoas, incluindo o líder do grupo, o técnico responsável pelos equipamentos usados no esquema, quatro pessoas que desviavam as provas e três que respondiam as questões. Doze candidatos também foram indiciados por usar o ponto eletrônico na seleção.