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Por O Globo

Foto: Divulgação/National Institute of Allergy and Infectious Diseases-Rocky Mountain Laboratories

Foto: Divulgação/National Institute of Allergy and Infectious Diseases-Rocky Mountain Laboratories

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acabam de anunciar que encontram o coronavírus no esgoto do estado do Rio de Janeiro. O vírus Sars-CoV-2 foi detectado em esgoto de Niterói, cuja prefeitura colaborou com o estudo. A descoberta é importante porque a presença do vírus no esgoto é um indicador do elevado espalhamento do causador da Covid-19 na população. A análise do esgoto pode ser usada como instrumento para monitorar o nível de contaminação da população. Só foi possível fazer a análise em Niteroi porque a cidade é uma das raras do Brasil que conta com saneamento básico adequado e trata mais de 90% de seus efluentes. Nas demais cidades, como o município do Rio de Janeiro, o excesso de contaminantes inviabiliza a precisão dos testes. O achado não significa que o causador da Covid 19 possa ser transmitido pelo esgoto. Isso não foi ainda investigado e é considerado pouco provável porque o coronavírus é um vírus respiratório sensível a certas condições ambientais presentes no esgoto. Provavelmente, não seria viável para se replicar ao ponto de causar infecção. Já se sabia que o coronavírus pode estar presente nas fezes de alguns pacientes com Covid 19, mas não se sabe o potencial infeccioso desses vírus nos excrementos. Estudos de pesquisadores chineses e alemães já haviam detectado o vírus nas fezes. E em março cientistas holandeses alertaram na revista Lancet sobre o risco de contaminação e o uso do monitoramento do esgoto para o controle da pandemia.

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