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O comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, em imagem do dia 21 de janeiro de 2023 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, disse ao blog da Andréia Sadi, no g1, concordar com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de excluir as Forças Armadas da lista de entidades fiscalizadoras do processo eleitoral.

“Concordo sim. Nenhum problema quanto a isso”, diz Tomás Paiva.

O general afirma que a iniciativa de incluir as Forças Armadas partiu do próprio TSE.

“Não pedimos para estar! (…) Isso tem que ser lembrado.”

A decisão foi tomada de forma unânime pelo TSE na terça-feira (26). Além dos militares, o Supremo Tribunal Federal (STF) também foi excluído da fiscalização.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a participação das Forças Armadas não se mostrou necessária, eficiente e razoável.

A exclusão das Forças Armadas ocorre após o Ministério da Defesa, em 2022, ter sugerido sem provas que poderia haver falhas na segurança do sistema.

Com a perda do status de entidade fiscalizadora, as Forças Armadas deixam de ter, por exemplo, autorização para ter acesso aos sistemas eleitorais desenvolvidos pelo tribunal e ao código-fonte, um conjunto de linhas de programação de um software com as instruções para que o sistema funcione.

A decisão de excluir as Forças Armadas da fiscalização das urnas ocorre após as eleições de 2022, quando o Ministério da Defesa, adotou uma posição que sugeria dúvidas sobre a segurança do processo eleitoral, em linha com os ataques feitos pelo então presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Os militares chegaram a entregar um relatório ao TSE, que pretendia ser uma avaliação própria da Defesa, mas que não apontou nenhuma irregularidade.

Posteriormente, em depoimento à CPI Mista dos Atos Golpistas, o hacker Walter Delgatti Neto – investigado por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e celulares de autoridades – afirmou que orientou o conteúdo do documento.

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