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Foto: Mark Lennihan/Associated Press

A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta sexta-feira (22), em Nova York (EUA), as críticas feitas por ministros do Supremo Tribunal Federal ao uso do termo “golpe” para definir o processo de impeachment contra ela. Sem citar nomes, Dilma reprovou os ministros que se manifestaram sobre o tema depois da votação da Câmara que deu aval ao impeachment – Celso de Mello, Gilmar Mendes e José Antônio Dias Toffoli. Para a presidente, eles não deveriam emitir opinião, pois terão de se manifestar em provável recurso ao STF feito pelo governo. Questionada pela Folha de S. Paulo ao fim de uma entrevista coletiva na residência do embaixador do Brasil na ONU, Antonio Patriota, sobre o tema, ela respondeu que “não é a opinião do Supremo”. “É a opinião de três ministros. São apenas três ministros, e são ministros que não deveriam dar opinião porque vão me julgar”, disse. Na última quarta (20), Celso de Mello, ministro decano da Corte, disse que caracterizar o impeachment como golpe era um “gravíssimo equívoco”, uma vez que o processo era constitucional. Mendes e Toffoli fizeram declarações de teor parecido. Dilma defendeu a aplicação da cláusula democrática do Mercosul ao Brasil, em reação ao que chamou de “golpe em curso” no país. Ela não questionou a legitimidade de convocação de eleições presidenciais antecipadas, uma saída já proposta por nomes do governo, mas ressaltou que no momento pretende se concentrar em sua defesa. 

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