Share Button

Do Uol

O deputado federal Eduardo Bolsonaro | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Arquivo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi alvo de uma ação pública civil da Associação dos Professores da Universidade do Paraná (APUFPR), por ter comparado a classe a traficantes, em julho deste ano.

Em evento organizado pelo grupo “Pró Armas” em Brasília, Eduardo Bolsonaro comparou “professores doutrinadores” a traficantes de drogas. O ato defendia a flexibilização do porte e da posse de armas para cidadãos comuns.

“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior”, afirmou o deputado.

Segundo a associação, a fala de Eduardo “serviu apenas para estimular ainda mais o ódio na mente de pessoas costumeiramente convencidas a usar armas como forma de solução de conflitos (ou divergências) e contra ‘ameaças’ invisíveis”.

“A conduta do deputado coloca em risco a integridade física de todas as professoras e professores, ao incitar o preconceito e o ódio contra toda a categoria, instigando militantes radicalizados e armados a agirem e tratarem os docentes como “inimigos” das famílias brasileiras”, argumentou a entidade.

A associação pede que Eduardo pague R$ 20 mil a cada um dos mais de 3.100 integrantes em danos morais, totalizando mais de R$ 62 milhões. Além disso, querem que o congressista publique uma retratação pública com a classe.

No processo, a entidade também pede a responsabilização do Estado brasileiro, “pela responsabilidade solidária em relação aos atos de um agente público que deveria respeitar as leis e os princípios constitucionais do país”.

Deixo o seu comentário

comentário(s)