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Por g1

Senador Humberto Costa (PT-PE), integrante da equipe de transição de governo, concede entrevista à imprensa em Brasília | Foto: Reprodução

O senador Humberto Costa (PT-PE), integrante do núcleo de Saúde na equipe de transição de governo, afirmou nesta sexta-feira (25) que o grupo chegou à conclusão de que o Brasil vive uma “possível nova onda” de Covid, acrescentando que a vacinação está “muito aquém” do esperado.

“A pandemia não acabou. E nós estamos vivenciando, na nossa avaliação e na avaliação de alguns cientistas que estão fazendo estudos epidemiológicos, o início de uma possível nova onda. Estamos perto de 690 mil mortes”, afirmou. “E uma preocupação que nós temos é com a vacinação. A vacinação está muito aquém daquilo que seria desejado para todas as faixas etárias”, acrescentou o senador.

Humberto Costa deu as declarações durante uma entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde atua a equipe de transição. Para ele, é necessário que o governo federal reforce a vacinação contra a Covid em todas as faixas etárias. O senador já disse que a área da Saúde precisa de R$ 22 bilhões a mais no ano que vem em comparação ao que foi previsto pelo governo Jair Bolsonaro.

Também presente à entrevista coletiva desta sexta-feira em Brasília, o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro afirmou que todas as vacinas obrigatórias para crianças com menos de um ano estão com “cobertura inadequada”.

“Todas as vacinas obrigatórias no calendário de vacinação para crianças com menos de um ano estão com cobertura inadequada. Todas. Sem exceção. O Brasil perdeu a capacidade de fazer aquilo que a gente sempre fez em uma construção de 50 anos de história. O PNI vai completar 50 anos no ano que vem. É anterior, inclusive, ao SUS. Então, de 2015 para cá, em pouquíssimos anos o atual governo conseguiu praticamente destruir um esforço de quatro décadas e meia de construção de um programa que se transformou em um modelo internacional”, afirmou.

Segundo Chioro, a vacina BCG está com 70% a menos de cobertura. Ainda segundo ele, a vacina contra poliomielite também tem cenário “mais ou menos parecido”.

“Ou seja, riscos concretos de reemergência de doenças que estavam erradicadas, como é o caso da poliomielite. E não há planejamento, não há informação”, declarou.

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