O Globo
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com menos de uma semana de governo, o presidente interino Michel Temer já enfrenta um racha em sua base aliada na Câmara. O grupo de partidos que fazia oposição ao governo Dilma — PSDB, DEM e PPS — entrou em colisão com os partidos do chamado centrão, formado por 13 partidos da Casa que davam sustentação a Dilma e agora compõem a base de Temer. Dois pontos cruciais dividem essa base: quem será o novo líder do governo Temer na Casa e a solução para a presidência da Câmara, em razão do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo Supremo. PSDB, DEM e PPS querem o afastamento definitivo de Cunha da presidência, com a declaração de vacância do cargo. Os líderes do centrão defendem uma solução intermediária que permita tocar a pauta sem constranger o presidente afastado — que é o líder do grupo. Nessa hipótese, a ideia é que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), faça uma “gestão compartilhada” com outros integrantes da Mesa Diretora. Para a liderança do governo, o centrão defende o líder do PSC, André Moura (SE), um dos mais próximos aliados de Cunha. Líderes dos 13 partidos, que representam 291 deputados, assinaram documento defendendo o nome de Moura. Temer, que trabalhava a indicação de Rodrigo Maia (DEM-RJ), recuou e ainda não escolheu quem comandará a base na Casa.

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