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Por TV Bahia

Foto: Reprodução/TV Bahia

Um jacaré que foi transportado de Ribeira do Pombal, distante 280 km de Salvador, e colocado em um açude do município de Canudos, no norte da Bahia, tem preocupado moradores e pescadores da região. O animal foi colocado no Açude de Cocorobó, local utilizado para pesca por populares.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente de Canudos, Rubenilson Macedo, o órgão ficou sabendo do caso através das redes sociais.

“O que circula nas redes sociais é que esse animal foi trazido através da Secretaria de Meio Ambiente do município de Ribeira do Pombal, junto com o Inema”, relatou o secretário.

Moradores da cidade estão preocupados e dizem ser contra a presença do animal no açude.

“Pegar um jacaré e botar aqui onde as pessoas pescam, eu achei errado”, disse a professora Tereza Ferreira.
Quem também ficou preocupado com a situação foi o criador de peixes Beto Carvalho.

“Pode dar um prejuízo grande para a gente. Pode furar uma gaiola dessas aí, pode sair o peixe e complicar a gente que cria, né”, falou.

Nas imagens que circulam nas redes sociais, o animal é visto nas margens do açude e depois nadando na barragem.

Foto: Reprodução/TV Bahia

Já em outra imagem, é possível ver dois carros, um com adesivo do Governo do Estado e outro com uma gaiola, onde supostamente o animal foi levado para o município de Canudos.

“Eu pesco de frente onde foi solto o jacaré, eu conheço o açude como a palma da minha mão. Pelo vídeo e pela imagem, eu vi que soltaram ali onde a gente pesca”, disse o pescador Gilmar Mota.

A Câmara de Vereadores de Canudos acionou o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e convocou representantes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para dar explicações sobre o caso.

“A câmara, em conjunto, pediu que o Ministério Público marque uma audiência pública com o Inema, com a Secretaria do Meio Ambiente de Ribeira do Pombal e com o Ibama”, comentou o vereador Beto de Dona.

Segundo o coordenador de fauna do Inema, Vinicius Dantas, esse animal convive na região há muito tempo.

“A gente não avistá-los, não significa que eles não existam lá. A fauna silvestre geralmente é assim, elas convivem no espaço onde estamos e nem sempre conseguimos avistá-los. Se é uma área de muita movimentação, como está sendo dita, essa espécie tem tendência a não permanecer lá, ela vai se deslocar”, explicou Vinicius Dantas.

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