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Por GloboNews, g1 SP e TV Globo

Paciente com coronavírus na Unidade Terapia Intensiva (UTI) da Covid-19 do Hospital Estadual de Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo, em 8 de junho de 2021 | Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO

A média móvel de pacientes internados com Covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado de São Paulo voltou a crescer após 6 meses de queda, de acordo com dados do governo. A média de pacientes internados em UTI caiu mês a mês ao longo do segundo semestre deste ano. Em junho, havia 11 mil internados nessas unidades. O número passou para 3 mil em agosto, então para 1.600 em outubro, e 1.000 em novembro. No entanto, segundo dados da Fundação Seade, desde o dia 22 de dezembro, o índice voltou a crescer. Apesar do aumento, o número de internados ainda é menor do que o registrado no início do mês – eram 1.014 pacientes em UTI na quinta (30), ante 1.048 no começo de dezembro. Em entrevista à TV Globo, o professor Renato Coutinho, da Universidade Federal do ABC e membro do Observatório Covid-19 BR, disse que o aumento nas novas internações por Covid é maior justamente na capital paulista. “A gente vê um aumento de hospitalizações no município de São Paulo que coincide com a entrada da ômicron. A gente não tem como afirmar com certeza que esse aumento é devido à ômicron, porque pode ser também influenciada também pela Influenza, pode ter outros fatores também. Tem mais gente se aglomerando, mas é evidência forte que isso pode estar acontecendo já”, declarou Coutinho. Os especialistas alertaram ainda que, como o dado oficial considera pacientes internados em leitos de enfermaria ou UTI com suspeita ou confirmação de Covid-19, é possível que uma parte deles estejam com o vírus da gripe (Influenza) e sejam contabilizados na estatística de novas internações por coronavírus. Em nota, a Secretaria da Saúde de São Paulo negou o aumento nas internações, verificado nos dados oficiais da própria pasta, e destacou que a ocupação nas UTIs e enfermarias no estado ainda está abaixo da registrada no pico da pandemia.

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