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Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta sexta-feira (7) que a transição da equipe econômica será marcada por “ajustes”, com a redução de despesas crescentes na política fiscal e monetária. A declaração foi feita durante evento de política fiscal realizado na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Segundo o portal G1, o ministro também citou a redução de subsídios nos financiamentos, como os empréstimos a baixo custo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) a empresas, como parte da nova política de austeridade. As medidas ainda não foram definidas e serão anunciadas oficialmente, ainda sem previsão de data. Em setembro, as contas públicas tiveram um inesperado déficit primário em torno de R$ 20 bilhões, o maior da história, aumentando as chances de 2014 fechar no vermelho pela primeira vez. Mantega atribuiu parte do mau resultado à redução da arrecadação, puxada pelo menor crescimento econômico. “Havendo uma recuperação, teremos aumento da arrecadação novamente”, afirmou. 

Com o anúncio, o governo abandona a política anticíclica, marcada por desonerações e incentivos pontuais em setores específicos, adotada em reação à crise internacional de 2008, e elogiada por Mantega, que deve deixar o comando do Ministério da Fazenda no próximo mandato da presidente Dilma Rousseff. Seu sucessor, no entanto, ainda não foi anunciado.

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