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Por O Globo

O presidente Michel Temer investigado em inquérito que apura edição de decreto em troca de propina | Foto: Alan Santos/PR

O presidente Michel Temer investigado em inquérito que apura edição de decreto em troca de propina | Foto: Alan Santos/PR

A Polícia Federal solicitou nova quebra de sigilo bancário no inquérito que investiga se o presidente Michel Temer (MDB) recebeu propina do setor portuário. Desta vez a PF pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso para obter os extratos bancários da empresa Eliland do Brasil, suspeita de ser usada como fachada para recebimento de propina pelo coronel João Baptista Lima, amigo de Temer desde os anos 90 e suspeito de ser captador de propina para o emedebista. O pedido chegou ao Supremo no último dia 18 de julho, durante o recesso do Judiciário. Por isso, só foi distribuído ao gabinete de Barroso na quarta, com o retorno dos trabalhos. O ministro Barroso já havia autorizado anteriormente a quebra dos sigilos bancário e fiscal do próprio presidente da República e de personagens investigados no caso, dentre eles o coronel Lima e as empresas dele. As suspeitas sobre a Eliland surgiram após a Operação Skala, deflagrada em 29 de março. Documentos coletados nas buscas mostraram que um contador da Argeplan, empresa do coronel Lima, era gerente da Eliland. A suspeita da PF é que a Rodrimar, concessionária do porto de Santos, fez pagamentos de propina à Eliland por meio de um contrato de fachada, cujo objetivo seria repassar propina a Temer em troca de benefícios no setor portuário.

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