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Com hospitais cheios, Manaus enfrenta uma crise no abastecimento de oxigênio | Foto: Bruno Kelly/Reuters

Com hospitais cheios, Manaus enfrenta uma crise no abastecimento de oxigênio | Foto: Bruno Kelly/Reuters

O prefeito de Manaus, David Almeida, culpou nesta quinta-feira, 14, o isolamento do Estado pela crise de abastecimento de oxigênio para atendimento das vítimas da covid-19. Enfrentando uma segunda onda, com a presença de uma nova cepa da doença, a P1, detectada por cientistas do Instituto de Medicina Tropical da USP, a cidade registra aumento de casos de mortes por covid-19 no sistema hospitalar lotado e há registros de pessoas que estão morrendo em casa sem conseguir atendimento dos respiradores artificiais nos hospitais. “Vocês precisam entender por que Manaus sofre. É que Manaus é cidade-Estado. Nós temos mais da metade da população do Estado morando em Manaus. Todas as UTIs do Estado estão em Manaus”, afirmou o prefeito em entrevista ao Estadão, argumentando que a cidade recebe pacientes de 62 municípios e que o isolamento geográfico da região afeta a chegada dos tubos de oxigênio necessários no sistema de saúde. Almeida já foi infectado pela covid-19 em setembro e perdeu a mãe, de 84 anos, depois de 29 dias de internação por causa da doença. Almeida alegou que o abastecimento da região depende do asfaltamento de um trecho de 400 quilômetros da estrada BR-319 para Porto Velho, obra que não foi feita. “No inverno, aquele trecho de terra fica intransitável”, explicou. A obra ajudaria a romper o isolamento regional e facilitaria o abastecimento, defendeu. “E aquela área da estrada nem é apropriada para agricultura”, reclamou.

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