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:: ‘Destaque2’

Lula pede autocrítica ao PT durante conferência: “Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós?”

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Por g1

Lula durante conferência do PT na sexta-feira (8) | Foto: Reprodução/TV PT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso na noite desta sexta-feira (8), em Brasília, durante evento do PT sobre as eleições municipais do ano que vem. Lula questionou seus colegas de partido se o PT está falando “o que o povo quer ouvir”.

Lula começou fazendo uma defesa da democracia. Em seguida, passou a abordar as estratégias eleitorais do PT. Para o presidente, é preciso que o partido não perca de vista a necessidade de dialogar com o povo.

“Nós temos que nos perguntar por que que um partido que, muitas vezes no discurso pensa que tem toda a verdade do planeta, só conseguiu eleger 70 deputados? Por que tão pouco se a gente é tão bom?”, perguntou o presidente.

“Por que tão pouco se a gente acha que a gente poderia ter muito mais? É preciso que a gente tente encontrar resposta dentro de nós. Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós? Será que nós estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades?”, completou.

Para Lula, as eleições municipais do ano que vem — quando os brasileiros vão escolher prefeitos e vereadores — vai refletir a polarização na disputa presidencial de 2022. Lula ressaltou que, nesse contexto, o PT e aliados devem defender a democracia “sem medo”.

“Eu, sinceramente, acho que nessa eleição vai acontecer um fenômeno, vai ser outra vez Lula e Bolsonaro disputando essas eleições no município. E vocês sabem que não pode aceitar provocação, não pode ficar com medo, não pode ficar com vergonha, não pode ficar com o rabo no meio das pernas”, exclamou Lula.

“Vocês sabem que um cachorro quando late para gente, a gente não baixa a cabeça. A gente late também. Para ele fica com medo da gente. A gente vai ter que mostrar que nós queremos exercitar a democracia, vamos fazer as eleições mais competitivas possíveis, mas a gente não vai ter medo de ninguém”, declarou Lula.

No discurso, o presidente também disse que vai ser cabo eleitoral dos candidatos.

“Eu prometo ser um bom cabo eleitoral fazendo as coisas corretas para vocês sentirem orgulho daquilo que está acontecendo no Brasil. A gente não vai falhar, a gente não vai errar”, frisou Lula.

Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo

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Por g1 Inovação

Raio x mostrando um chip implantado na mão | Foto: WALLETMOR

O biohacking pode ser entendido como a prática de intervir no corpo humano usando um conjunto de tecnologias para melhorar ou expandir a capacidade humana em uma determinada atividade.

Ele pode ser usado para armazenar dados, ampliar a sensibilidade de uma parte do corpo e até facilitar em ações dia a dia, como pagamentos.

O biohacking pode envolver tecnologias que não exigem implantes, como “óculos inteligentes” que ajudam pessoas com deficiência visual a ter mais independência no dia a dia.

Mas, em muitos casos, o conceito envolve implantes de microchips no corpo. Esses dispositivos têm circuitos eletrônicos e uma peça para se comunicar com outros aparelhos por ondas de rádio.

Não há legislação no Brasil sobre o biohacking, e a tecnologia gera debates em relação a segurança digital. Confira alguns usos para os implantes de chips no corpo:

💳 Pagamento

Na Holanda, já há pessoas que usam a tecnologia para efetuar pagamentos.

Elas não precisam usar dinheiro, cartão de banco ou celular para pagar. Em vez disso, basta colocar a mão próximo do leitor de cartão para concluir a transação.

A Walletmor, empresa holandesa que trabalha com a tecnologia, diz que o chip é totalmente seguro, tem aprovação regulatória no país e funciona imediatamente após ser implantado. Também não requer bateria ou outra fonte.

🗂️ Armazenamento de dados

O implante de microchips também serve para guardar informações, como dados médicos ou o crachá do trabalho.

“Normalmente, olham estranho pra você porque não é um negócio muito trivial”, diz o especialista em segurança cibernética Thiago Bordini.

“Tem algumas pessoas que têm curiosidade e pedem pra ver. Porque, se você passa o dedo em cima, você o sente. As pessoas querem saber o que é sentir, é bem curioso”, afirma.

Ele contou que o principal motivo para realizar o implante foi a vontade de conhecer mais a tecnologia e como ela poderia ser utilizada para facilitar coisas do dia a dia.

🧲 Magnetismo

O implante de pequenas pastilhas de ímãs na ponta dos dedos funciona para que pessoas tenham uma sensibilidade extra: sentir campos magnéticos ao seu redor.

Para Luli Radfahrer, professor e diretor do laboratório de pesquisa acadêmica Interfaces Digitais, Experiências e Inteligências Artificiais (IDEIA), o procedimento não muda o corpo humano de forma significativa.

“Com isso [a implementação do imã], a pessoa sente no tato alguma mudança. As pessoas dizem que têm um sexto sentido porque elas sentem as variações magnéticas. Isso é puramente estético”, afirma Radfahrer.

Uma das empresas que produzem o equipamento é a Grindhouse Wetware, startup de biotecnologia com sede na Pensilvânia. A organização se concentra em experimentar tecnologia para aumentar as capacidades humanas.

Afinal, o que são microchips?

O microchip é um conjunto de circuitos eletrônicos com módulos. Esses dispositivos costumam ser capazes de armazenar e transmitir informações.

Eles podem funcionar através de ondas de rádio, sensores integrados ou sinais elétricos. O chip pode ser implantado no corpo em poucos minutos e o processo geralmente acontece em estúdios de aplicação de piercing.

O microchip possui uma espécie de vidro que é biocompatível, ou seja, não cria reação alérgica ou outra reação imunológica, disse ao g1 Fernanda Matias, professora de biotecnologia na Universidade de São Paulo (USP). No Brasil, não há leis que regulamentam os implantes.

O assunto gera debates sobre até que ponto a tecnologia deve ser integrada ao corpo humano, levando a discussões sobre segurança digital.

“O risco de segurança de dados é iminente num país onde tudo é clonado. Tem gente que põe a entrada e o controle de casa ou dados de cartão nesses dispositivos. Se clonam cartão, clonam esses chips”, diz Fernanda Matias.

Mas os microchips não são encontrados tão facilmente, explica Luli Radfahrer. “Comprar chips de biohacking é igual comprar anabolizantes. Não é impossível de encontrar, porém é difícil”.

Câmara aprova proibição de linguagem neutra em órgãos públicos

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Por g1 e TV Globo

Foto: Freepik

Durante a votação de um projeto de lei que trata da aplicação de uma linguagem simples no setor público, a Câmara dos Deputados aprovou um destaque (sugestão de alteração no texto principal) que proíbe o uso da linguagem neutra em órgãos públicos. Apenas as federações PT/PCdoB/PV e Psol/Rede, além do governo e da maioria, orientaram contra.

O texto vai ao Senado. Se também for aprovado pelos senadores e sancionado pela presidência, diários oficiais, editais e outras formas de comunicação oficial do setor público não poderão usar essa forma de comunicação.

Termos como “todes”, “todxs”, “amigues” e “amigxs” fazem parte de um fenômeno político e de inclusão para que a comunidade LGBTQIAP+ se sinta representada.

O objetivo em substituir o artigo masculino genérico pelo “e” é neutralizar o gênero gramatical para que as pessoas não binárias (que não se identificam nem com o gênero masculino nem com o feminino) ou intersexo se sintam representadas.

Os defensores do gênero neutro também preferem a adoção do pronome “elu” para se referir a qualquer pessoa, independentemente do gênero, de maneira que abranja pessoas não binárias ou intersexo que não se identifiquem como homem ou mulher.

Originalmente, o projeto da Câmara tratava apenas de uma tentativa de tornar a comunicação entre os órgãos públicos e os cidadãos mais fácil e compreensível.

Para isso, o projeto propõe, por exemplo, que os textos de entidades da administração pública sigam o “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, além de algumas regras de simplicidade, como:

– frases em ordem direta e curta;

– uso de palavras comuns;

– evitar palavras estrangeiras;

– organizar o texto para que informações mais importantes apareçam primeiro.

Contudo, durante a votação dos destaques — que são sugestões pontuais de alteração no texto principal — os deputados aprovaram, por 257 votos a 144, uma emenda do deputado Junio Amaral (PL-MG) para proibir o uso de “novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas”.

“Não é porque é simples que ela vai ser deturpada e nem ser um campo fértil para que a esquerda utilize mais uma vez essas pautas ideológicas para destruir nosso patrimônio e a língua portuguesa”, disse o parlamentar.

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) votou contra a medida e chamou a emenda de “jabuti” — que no jargão parlamentar significa matéria estranha à proposta original.

“Descomplicar não é adendar para complicar, piorar, dificultar. Essa emenda aditiva não acrescenta em nada, o complexifica”, disse Alencar.

Em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional uma lei de Rondônia que proibia o uso da chamada linguagem neutra nas escolas do estado.

Os 11 ministros da Corte declararam que a lei estadual fere a Constituição uma vez que cabe à União legislar sobre normas de ensino.

Além de Rondônia, o Paraná também tem uma lei estadual sancionada em janeiro deste ano, proibindo a linguagem neutra. Santa Catarina tem um decreto de 2021 em vigência que também veta o uso nas escolas. Em Porto Alegre e em Manaus, leis municipais vedam a aplicação em escolas e na administração pública.

Recentes, essas legislações foram aprovadas em meio ao crescimento de uma onda conservadora no país, que culminou com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a defesa de pautas contrárias a direitos de grupos minoritários.

Homem morre soterrado após cair em buraco de 4 metros em quintal de casa no interior da Bahia

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Por g1 BA e TV Subaé

Homem morre soterrado após cair em buraco de 4 metros em quintal de casa no interior da Bahia | Foto: Reprodução/TV Subaé

Um homem morreu soterrado após cair em um buraco de 4 metros, em um quintal de uma casa, nesta terça-feira (4), na cidade de Alagoinhas, a 120 km de Salvador.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima, que não teve a identidade revelada, trabalhava em uma obra, quando parte do chão cedeu. Informações preliminares apontam que existia uma fossa no local, coberta por areia.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi até a casa e atuou no resgate da vítima, que ainda respirava. No entanto, ela não resistiu e morreu antes de ter o corpo retirado do local.

Homem morre soterrado após cair em buraco de 4 metros em quintal de casa no interior da Bahia | Foto: Reprodução/TV Subaé

Esquema vacinal incompleto aumenta risco de Covid longa; 3 em cada 4 pacientes relatam sintomas persistentes, como perda de olfato

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Por g1

Pesquisa mostra que quem não se vacinou tem 23% mais chance de ter Covid longa | Foto: Myke Sena/MS

Não se imunizar com todas as doses da vacina contra a Covid-19 aumenta as chances de desenvolvimento da Covid longa. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), três em cada quatro pacientes infectados pelo coronavírus relataram sintomas persistentes da doença.

🚨 A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (4), aponta que aqueles que não se vacinaram apresentaram 23% mais chance de ter Covid longa se comparados às pessoas que se imunizaram com três ou quatro doses.

Entre os que tomaram até duas doses, a probabilidade de desenvolvimento de sintomas persistentes é 8% maior.

Consequências a longo prazo

Os pesquisadores acompanharam mil pacientes entre 2020 e 2023 para monitorar os efeitos da pandemia a longo prazo. Natan Feter, pesquisador da UFRGS e um dos autores do estudo, explica que os resultados alertam para as consequências da Covid-19.

“No início, se acreditava que os efeitos da pandemia seriam só indiretos, com o aumento nos casos de ansiedade, depressão e sedentarismo. Mas a pesquisa mostra os efeitos diretos na saúde”, diz o pesquisador.

👉A Covid longa é caracterizada pela permanência de sintomas da Covid-19 por três meses ou mais. Entre as queixas mais comuns estão: dores de cabeça, fadiga, perda de olfato e paladar, tosse, queda de cabelo e complicações neurológicas.

Covid longa é questão de saúde pública

Além das queixas relatadas pelos entrevistados, Feter também destaca que a alta prevalência dos sintomas a longo prazo acarreta a sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A Covid longa se revelou um problema relevante para a saúde pública, tanto pela carga como pela prevalência dos sintomas”, afirma.

Para o pesquisador, essa condição persistente pode ser considerada como uma nova fase pós-pandemia. O estudo mostra que a condição crônica está associada à perda de produtividade e a maiores gastos do sistema público de saúde.

Baixo índice da vacinação bivalente

Apesar dos altos índices de vacinação da população no Brasil, com mais de 518 milhões de doses aplicadas contra a Covid-19, a cobertura da vacina bivalente é baixa.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, apenas 17% da população foi imunizada com a dose bivalente. A vacina serve como um reforço para a imunização realizada com as demais vacinas monovalentes.

❗Alerta: Com a baixa imunização das doses de reforço, alguns estados registram tendência de alta nos casos da doença.

Segundo o boletim mais recente da Fiocruz, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem observar aumento no número casos de Covid-19 nas próximas semanas.

Alunos brasileiros estão entre piores do mundo em ranking que avalia desempenho em matemática, ciências e leitura

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Por g1

Foto: Freepik

Entre 2018 e 2022, o Brasil apresentou um desempenho estável no Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), prova aplicada em 81 países para avaliar o desempenho de alunos de 15 anos em matemática, leitura e ciências. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5).

Apesar de não ter havido queda mesmo após todas as dificuldades impostas pela pandemia (como fechamento das escolas e desigualdade digital no ensino remoto), os índices são preocupantes: o país continuou na parte inferior da tabela, com notas muito abaixo das médias registradas pelos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O Pisa é aplicado a cada 3 anos, mas a edição de 2021 foi adiada para 2022 por causa das restrições impostas na pandemia.

Em resumo:

➡️China, Japão, Coreia, Suíça, Estônia e Canadá destacaram-se nas três áreas de conhecimento e ocuparam o topo da tabela.

➡️Entre os 81 participantes, o Brasil subiu, de 2018 a 2022:

– 6 posições em matemática (de 71º para 65º), ficando próximo a nações como Jamaica, Argentina e Colômbia;

– 5 posições em leitura (de 57º para 52º), perto de Costa Rica, Peru, Colômbia e México;

– 2 posições em ciências (de 64º para 62º), empatando com Peru e Argentina.

➡️O impacto da pandemia foi maior entre países que registravam índices mais altos de desempenho nas três disciplinas.

➡️Em matemática, por exemplo, apenas 31 participantes conseguiram ao menos manter a mesma nota de 2018, como Austrália, Japão, Coreia do Sul e Suíça.

Cabeleireira morre afogada após escorregar de pedra e cair no Rio São Francisco

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Por g1 BA e TV São Francisco

Joselane se afogou após escorregar de pedra | Foto: Redes Sociais

Uma cabeleireira de 27 anos morreu após se afogar no Rio São Francisco, na cidade de Curaçá, no norte da Bahia. Segundo informações de testemunhas, a vítima escorregou de uma pedra e caiu na água.

O acidente aconteceu durante o final de semana e a vítima foi identificada como Joselane Ribeiro de Oliveira. Ela nasceu em Curaçá, mas atualmente morava em Petrolina, cidade de Pernambuco que fica a 98,8 km.

De acordo com a Polícia Militar, os próprios barqueiros de Curaçá tentaram resgatar Joselane. Após o corpo dela ter sido retirado da água, uma técnica de enfermagem que estava no local fez os procedimentos de primeiros socorros e tentou reanimá-la, mas não conseguiu.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado, mas ao chegar no local, Joselane já estava sem vida.

O corpo da cabeleireira foi levado para o Instituto Médico Legal de Juazeiro, cidade que também fica no norte da Bahia.

Mesmo com reservatórios das hidrelétricas cheios, conta de luz deve subir até 10,4% no próximo ano

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Por O Globo

Foto: Helena Pontes/IBGE

Mesmo com os reservatórios das hidrelétricas cheios, os consumidores pagarão mais nas contas de luz no próximo ano. A expectativa é de um aumento médio em todo o país de 6,58%, mas que pode chegar a 10,41%, a depender de discussões jurídicas sobre créditos de impostos que têm sido usados para atenuar os reajustes. É valor acima da inflação prevista para este ano, de 4,53%, e para 2024, de 3,91%. As previsões foram feitas pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace).

Os reajustes variam conforme a distribuidora que atende cada região e depende, entre outros fatores, do uso dos créditos. Em alguns estados, como Minas Gerais, eles já foram integralmente utilizados. Por isso, a projeção é que os mineiros tenham aumento de 15% pela Cemig em qualquer cenário.

‘Jabutis’ e penduricalhos

Na Enel, em São Paulo, a conta pode subir de 9% a 12%, a depender dessa decisão judicial. No Rio, os reajustes da Light podem oscilar de 1,34% a 7,61%. Os valores são decididos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No caso da Light, o reajuste é em março.

“O sistema elétrico está disfuncional, com altas e quedas acentuadas”, avalia o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa.

Os números chamam atenção porque os reservatórios das hidrelétricas atingiram o maior volume dos últimos 14 anos, desde 2009, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No subsistema do Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, o percentual chegou a 64% no dia 30 de novembro. No subsistema Sul, está em 94%, enquanto no Nordeste, está em 53,89%, e no Norte, 48,88%.

Os reservatórios mais cheios deveriam resultar em energia mais barata em razão da menor necessidade de acionamento das termelétricas, que são fontes mais caras. O problema, dizem especialistas, é o crescimento dos chamados “encargos do sistema”, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), com subsídios que precisam ser rateados por todos os consumidores.

“O preço não vai cair, mesmo com a melhora do nível das hidrelétricas, porque continuam inserindo penduricalhos na conta de luz. O planejamento do setor está sendo feito pelo Congresso, e não mais pelo Executivo. E tudo é feito à mercê dos grupos de interesse”, afirmou Luiz Eduardo Barata, ex-diretor do ONS e presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia.

Um exemplo de como o Congresso tem interferido aconteceu na semana passada. A Câmara dos Deputados aprovou em regime de urgência um projeto de lei que regulamenta a geração de energia eólica em alto-mar (offshore). O problema é que o texto veio recheado de “jabutis”, ou seja, artigos de lei que pegaram carona no projeto e nada têm a ver com o tema principal da medida. O texto foi ao Senado Federal.

O texto aprovado em plenário foi apresentado pelo deputado Zé Vitor (PL-MG), relator do projeto, a poucos minutos da votação, depois de duas versões terem sido apresentadas em um único dia. Como havia a “urgência” aprovada, nada foi debatido pelas comissões e o texto acabou aprovado por 406 votos a 16.

Pelas contas da Abrace, somente esse PL vai aumentar os custos do sistema em R$ 39 bilhões, com incentivos de todo tipo: renovação de contratos para termelétricas a carvão no Sul do país, fim do preço-teto (limite) para geração de energia a gás em estados onde não há fornecimento do combustível, e reservas de mercado para usinas eólicas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Esse aumento não começará a incidir em 2024, mas expõe como o setor elétrico continua contratando aumento de custos que impedem o seu melhor funcionamento.

A maior parte desses encargos fica dentro da CDE. Há subsídios para o carvão mineral, para a compra de óleo diesel em locais que não têm acesso ao Sistema Interligado Nacional (SIN), até incentivos para fontes renováveis e famílias de baixa renda. A conta tem aumentado. Segundo dados da Aneel, em 2017, foram R$ 15,99 bilhões direcionados a esse fundo. Este ano, o número já havia saltado para R$ 34,99 bilhões, e nos dois próximos anos pode saltar para R$ 37,16 bilhões e R$ 42,27 bilhões, segundo a Abrace. Tudo vai para a conta de luz.

A diferença nas projeções para os reajustes do ano que vem — de 6,58% a 10,41% — ocorre porque o Congresso aprovou, em 2022, uma lei complementar direcionando aos consumidores um crédito de R$ 60 bilhões, em função de cobrança que foi considerada indevida de ICMS na base de cálculo de PIS/Cofins, na chamada “tese do século”.

A Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia (Abradee) alega que esses recursos são das distribuidoras porque foram elas que pagaram os tributos e entraram com a ação, em 2002. Cerca de R$ 40 bilhões já foram utilizados por várias distribuidoras, o que ajudou na queda média de 8,3% nas contas de luz em 2023. Outros R$ 20 bilhões ainda podem ser direcionados aos consumidores nos próximos anos. A decisão, contudo, está pendente no Supremo Tribunal Federal (STF).

“A tese do século envolveu vários setores da economia, e apenas o setor elétrico teve tratamento diferente, com os recursos sendo direcionados aos consumidores de forma oportunística pelo Congresso, em 2022. A lei que foi aprovada retroagiu a 2019, e é isso que estamos questionando no STF”, afirmou Wagner Ferreira, diretor Jurídico e Institucional da Abradee.

‘Bagunça tarifária’

Na consultoria PSR, as estimativas são de aumento das tarifas acima da inflação entre 3% a 4% no ano que vem. O problema, diz Luiz Augusto Barroso, diretor-presidente da consultoria, é que as contas já estão altas, e os jabutis aprovados pelo Congresso na última semana pioram o ambiente tarifário para os próximos anos.

“A tarifa já está alta e cheia de custos indevidos. Manobras e jabutis aprovados pelo Congresso não só pioram o ambiente de investimentos, porque tiram a previsibilidade institucional, como o planejamento foi transferido para o Congresso. E acaba sendo feito de forma pouco criteriosa. Traz uma bagunça tarifária com mais sinais de aumentos mais para frente”, diz.

Barata destaca que a migração acelerada de consumidores para o “mercado livre” (no qual se escolhe de quem comprar a energia), na prática, vem diminuindo o número de pessoas aptas a custear os encargos do sistema:

“É como um condomínio. Com a migração para o mercado livre pelas grandes empresas, a autoprodução de energia e a geração distribuída, o chamado “mercado cativo”, o das distribuidoras (atendendo determinada região), vem diminuindo. Isso faz com que o reajuste médio seja mais alto.”

Ele estima que o setor elétrico tem custos em torno de R$ 343 bilhões por ano. Desse total, R$ 210 bilhões são de fato custo energético, enquanto R$ 58 bilhões são tributos, e R$ 55 bilhões, encargos. Já as perdas técnicas custam R$ 12 bilhões e os furtos de energia, R$ 7 bilhões.

Governo recua e decide manter novo RG com campo ‘sexo’ e distinção entre ‘nome de registro’ e ‘nome social’

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Por g1

Modelo da nova carteira nacional de identidade segue com duas opções de nome para caso de “nome social” e campo “sexo” | Foto: Itep/Divulgação

A nova carteira de identidade nacional (CIN) vai manter a distinção entre “nome de registro” e “nome social” e também o campo “sexo”. A decisão desagradou as organizações que representam pessoas LGBTQIA+, que se posicionaram contra o que chamam de “recuo do governo federal”.

Em maio passado, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou que as duas determinações que tinham sido adotadas em 2022, durante o governo Bolsonaro, não seriam usadas no novo RG. Um grupo de trabalho, com a presença do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, definiu que haveria a unificação do campo “nome”, sem distinção de “nome social” ou “nome de registro”, e a exclusão do campo “sexo”.

No entanto, o MGI voltou atrás. Na sexta-feira (1º), o ministério confirmou ao g1 que vai manter o documento como antes.

Questionado sobre o recuo na decisão, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos não respondeu à pergunta. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania também não se posicionou sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

Segundo a secretária política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides, a decisão do governo de manter as duas medidas na carteira de identidade abre brechas para violação de direitos humanos.

“O campo sexo e a manutenção de dois campos de nome, incluindo o nome social e o nome de registro, não cumprem o papel de proteger as pessoas trans e garantir cidadania. Pelo contrário. São meios de produzir e manter violências”, diz Bruna Benevides.

Ela alerta para possíveis represálias como humilhação, tratamentos vexatórios e desproporcionais e também violências diversas. “A gente está falando do Brasil, o país que mais assassina pessoas trans do mundo”, diz ela.

A Antra fez, em 2022, uma pesquisa sobre a retificação do campo “sexo” por pessoas trans. De acordo com o levantamento, 65% das pessoas trans não conseguiram corrigir o documento por três motivos: altos custos, excesso de burocracia e transfobia institucional dos cartórios.

“Ao invés de estar discutindo incluir o campo ‘sexo’ no RG, o Estado deveria estar discutindo formas de tornar mais efetiva a retificação para essas pessoas e o Estado tem se furtado nesse sentido”, diz Bruna Benevides.

Ciclista se desequilibra, cai embaixo de ônibus escolar, é atropelado e morre na Bahia

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Por g1 BA e TV Oeste

Ciclista morre após tentar desviar de ônibus escolar e ser esmagado por veículo na Bahia | Foto: Reprodução/TV Oeste

Um ciclista morreu após perder o equilíbrio ao tentar desviar de um ônibus que fazia transporte escolar e ser esmagado pelo veículo na cidade de São Desidério, no oeste da Bahia. O momento do acidente foi flagrado por uma câmera de segurança.

O acidente aconteceu no final da manhã de quinta-feira (30), nas proximidades da praça Juarez de Souza, que fica no centro do município. O ônibus escolar transportava crianças para casa.

As imagens mostram que o ciclista, de 54 anos, perde o equilíbrio ao bater em uma caminhonete que estava estacionado. O ônibus trafegava no sentido contrário.

De acordo com testemunhas, a vítima morreu logo após ser atingida. O motorista do ônibus não parou para prestar socorro.

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Barreiras. Não há detalhes sobre o velório e sepultamento dele. A Polícia Civil investiga o caso.

Em nota, a Prefeitura de São Desidério lamentou a morte do ciclista e informou que vai aguardar a conclusão do inquérito policial para se posicionar sobre o caso.

Há 15 dias, um menino de 4 anos também morreu após ser atropelado por um ônibus que fazia transporte escolar no oeste da Bahia. O caso aconteceu na cidade de Jaborandi.



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