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Com decisão, Cappio volta a atuar na comarca de Euclides da Cunha.

Em decisão unânime, 43 desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) julgaram improcedente o processo que questionava a saúde mental do juiz Luís Roberto Cappio, conhecido por ter revisado processos de adoção feitos no município de Monte Santo, no sertão da Bahia, e determinado o retorno das crianças para as famílias, em 2013. O processo foi julgado na quarta-feira (17). Em entrevista ao G1 nesta quinta (18), Cappio afirmou que a decisão dos desembargadores corrigiu um erro. “Essa decisão é um exemplo de como a envergadura da magistratura baiana é maior do que se noticia ou aparenta. São magistrados honrados e que procuram fazer o melhor”, argumenta. Com a decisão, o juiz retorna para comarca de Euclides da Cunha. “Nada como o tempo.  Estou em paz e sem espiríto de revanchismo. Agora, é trabalhar”, conclui. Cappio destaca que o julgamento favorável às famílias de Monte Santo provocou incômodos na região e inflamou uma série de denúncias, inclusive de ter sofrido um incidente de insanidade mental. “Depois que decidi por Monte Santo desagradei pessoas, entidades, institutos e grupos de apoio à adoção. Essas pessoas levantaram boatos – aquela coisa de ouvi dizer -, e questionaram a minha conduta profissional. Naquela época, poucos desembargadores me conheciam e as injúrias apresentadas de forma orquestrada serviram para induzir ao erro”, afirma o juiz. Cappio foi afastado das atividades em abril de 2013. Em outubro do mesmo ano, o TJ-BA decidiu pelo retorno do magistrado às atividades, mas três dias depois suspendeu a decisão.

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