Objetivo da reunião é cumprir ordem judicial de reintegração de posse determinada pela juíza substituta da Comarca de Santaluz  | Foto: Notícias de Santaluz

Policiais da 5ª Companhia Destacada da Polícia Militar, sediada em Santaluz, acompanharam, nesta quinta-feira (9), equipes da Casa Militar do Governo do Estado da Bahia e do Comando de Operações Policiais Militares (COPPM), na ação que deu início a negociação para a desocupação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Fazenda Mandacaru, de propriedade da Companhia Sisal do Brasil (COSIBRA). A fazenda possui mais de 9 mil e 500 hectares de área, onde é realizado o plantio do sisal, o corte, o desfibramento e o batimento (beneficiamento). De acordo com informação publicada pela Cosibra, em seu site, além do Agave, a fazenda apresenta uma ampla produção agropecuária, chegando a empregar diretamente quase 70 funcionários. A ordem de reintegração/manutenção de posse foi determinada pela juíza substituta da Comarca de Santaluz, Renata Furtado Foligno, atendendo a um pedido da empresa dona da propriedade ocupada.

Líderes do movimento informaram que cerca de 300 famílias estão acampadas no local | Foto: Notícias de Santaluz

De acordo com o comandante da 5ª Companhia da PM, capitão Gilvan Pereira, a negociação com os manifestantes está sendo conduzida de forma pacífica. “O papel da PM é mediar pacificamente a resolução de conflitos com este. Uma ordem judicial foi exarada e precisa da melhor forma possível ser cumprida. Afinal, vivemos em um estado democrático de direito e, portanto, esses direitos precisam ser reservados, tanto aqueles relacionados à propriedade, quanto aos cidadãos, famílias inteiras que estão alojadas no local do conflito. Este é o papel da Polícia Militar, intervindo para a construção de uma sociedade mais justa e ordeira”, afirmou.

Área ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pertence a Cosibra | Foto: Notícias de Santaluz

Segundo o oficial, os líderes do movimento informaram que cerca de 300 famílias estão acampadas no local e o intuito é chegar a um acordo para que os ocupantes deixem a propriedade pacificamente, sem que haja a necessidade do uso da força policial. “O objetivo da PM é evitar os embates fundiários decorrentes do cumprimento de ordens judiciais como esta. Nosso papel é mediar o conflito, buscando uma solução pacífica para o problema”, concluiu.

O Notícias de Santaluz entrou em contato com a assessoria da Casa Militar do Governador e foi informado que a equipe que participou da reunião na Fazenda Mandacaru cumpre agenda em outros municípios e um relatório com o resultado da reunião em Santaluz está sendo elaborado e será divulgado nos próximos dias. O órgão reiterou a intenção de cumprir a ordem judicial de forma pacífica e não descartou a possibilidade de realizar novos encontros como o que ocorreu nesta quinta-feira. A reportagem também tentou contato com assessoria de imprensa da Cosibra, mas não obteve êxito até a publicação desta matéria.

Redação Notícias de Santaluz

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