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Por Jornal Nacional

O documento, fruto de cinco anos de trabalho, sintetiza a visão do Vaticano sobre temas cruciais para o Papa | Foto: Mazur/cbcew.org.uk /Catholic Church/Arquivo

O Vaticano incluiu as cirurgias de mudança de sexo em uma lista de violações da dignidade, ao lado de crimes e de tragédias como a guerra.

Dignidade Infinita: o novo documento enumera o que o Vaticano considera as violações mais graves dos direitos humanos. “A vida deve ser defendida desde a concepção até a morte natural”, diz o texto que reafirma a posição do Vaticano contraria ao aborto. A Igreja também inclui a gestação em barriga de aluguel e a eutanásia na lista de violações da dignidade.

O documento é o resultado de cinco anos de trabalho e resume a posição do Vaticano sobre alguns dos temas mais importantes para o Papa.

Em uma coletiva de imprensa, o cardeal Víctor Manuel Fernández, argentino como Francisco, destacou a guerra, o drama da pobreza, dos imigrantes, e o tráfico de seres humanos. O documento também cita o abuso sexual e o feminicídio.

O texto defende que as pessoas homossexuais devem ser acolhidas e protegidas da discriminação e de toda forma de violência. Mas, o Vaticano condena as operações de mudança de sexo, que, segundo o texto, ferem a dignidade única que a pessoa recebeu no momento da concepção. Para a Igreja, é necessário aceitar a humanidade como foi criada.

Esse posicionamento foi duramente criticado por integrantes da comunidade LGBTQIA+. Em novembro de 2023, o Papa permitiu que essas pessoas trans fossem batizadas e incluídas em cerimônias religiosas como padrinhos e madrinhas.

O documento Dignidade Infinita está sendo visto como um afago aos conservadores depois que o Papa Francisco, recentemente, abriu a Igreja para as bençãos aos homossexuais. Uma decisão que teve grande impacto, deixando o grupo ultraconservador quase à beira de um cisma – isto é, de uma separação do resto da Igreja.

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