Em um vídeo filmado durante o ataque do alto de um edifício próximo ao local, se escuta um dos atiradores, vestido de preto com um kalashnikov na mão, gritar “Alhah Akbar!” (“Alá é o maior!”) e depois “Matamos a Charlie Hebdo!”. Imediatamente depois, um dos atiradores dispara à queima-roupa em um policial ferido que estava no chão. Foi um disparo certeiro, na cabeça. O ataque ao semanário Charlie Hebdo nesta quarta-feira, que deixou 12 mortos em pleno coração de Paris, é um sinal de que os islamitas radicais não esqueceram da irreverente revista que publicou em 2006 as caricaturas de Maomé. Há quase nove anos a revista sofre ameaças de radicais islâmicos. Sua redação foi incendiada em 2011, seu diretor sofreu ameaças de decapitação e há meses os jihadistas pedem voluntários para ataques contra a França, país militarmente envolvido em diferentes países, tanto no Oriente Médio como na África. “É evidente que desde a primeira publicação das caricaturas de Maomé, a Charlie se transformou num símbolo, num alvo. Nunca esqueceram nem perdoaram o que consideraram como um insulto supremo. A escolha desse alvo está repleta de símbolos: mira-se nos laicos, que ousaram rir do profeta. A seus olhos, é uma vingança divina”, disse à AFP Louis Caprioli, ex-chefe da agência antiterrorista francesa, a DST. (AFP/Agence France-Presse)

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