Alvorada, missas, benção de imagem e procissão marcam dia de Santa Luzia, padroeira de Santaluz
A comunidade católica em Santaluz, na região sisaleira da Bahia, celebrou nesta sexta-feira (13) o dia de Santa Luzia, padroeira da cidade. A programação, que é considerada a mais importante do calendário religioso do município, encerrou o trezenário em homenagem à santa protetora dos olhos e marcou a 75ª edição dos festejos.
Durante todo o dia, católicos e devotos participaram de uma alvorada festiva e de quatro missas, a última delas celebrada por volta das 17h, na praça em frente à matriz da paróquia que leva o nome da santa, onde foi montado um palco.
Antes, uma celebração presidida pelo bispo diocesano Dom Ottorino Assolari marcou a benção sobre a imagem de Santa Luzia. Fruto de doação de um grupo de devotos da santa, a escultura, que mede 7 metros de altura e pesa 22 toneladas foi confeccionada na cidade de Cumbe, em Sergipe, e colocada na praça em maio desse ano (lembrar).
Em seguida, os fiéis caminharam em procissão pelas ruas do centro da cidade, carregando imagens do Sagrado Coração de Jesus, de Santa Luzia e de Santa Dulce dos Pobres, primeira brasileira declarada santa.
Acompanhada do ex-prefeito Júnior do Max, a prefeita Quitéria Carneiro, que já havia assistido à primeira missa do dia, celebrada por volta das 6h, recebeu à tarde autoridades como os deputados Alex da Piatã [estadual] e Otto Alencar Filho [federal], os vereadores Peu, Danda, Branco, Milson do Pereira e Louro do Rio Verde, além de correligionários para participar do encerramento dos festejos.
“A comunidade católica luzense celebrou, mais uma vez, o trezenário em homenagem à Santa Luzia de maneira muito especial, encerrando a programação com uma grande festa. É difícil conter a emoção diante de tamanha demonstração de fé e devoção”, afirmou a prefeita Quitéria.
Santa Luzia, portadora da luz
Nascida em uma família rica e cristã, na cidade de Siracusa, na Itália, no ano de 283, Luzia era considerada como uma das jovens mais belas do local. Aos cinco anos, perdeu o pai e cresceu sob os cuidados da mãe, que sofria de graves hemorragias.
Certo dia, ao peregrinar na cidade de Catânia, Luzia e a mãe acompanharam o evangelho pregado durante a missa, o qual falava sobre a cura da mulher que padecia de hemorragias. A jovem, então, pediu a Deus que a mãe ficasse curada e foi rezar junto à imagem de Santa Águeda. No mesmo instante, a cura aconteceu.
Ao chegarem à casa onde elas moravam, começaram a distribuir todos os bens aos pobres. Como Luzia se mostrou firme diante da fé que carregava, acabou sofrendo inúmeras crueldades do Imperador Diocleciano, que vendo que nada a fazia renegar a fé em Jesus Cristo, mandou degolar a jovem. Era 13 de dezembro de 304. A partir deste dia, teve início a devoção à Santa Luzia, primeiro na Itália e depois por toda a Europa. Atualmente ela é conhecida como a “Santa da Visão”.
Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.
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