Puxada pela conta de luz, inflação oficial fecha julho em 0,96%, maior alta para o mês em 19 anos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que é a inflação oficial do país – acelerou para 0,96% em julho com reajustes dos preços da energia elétrica, registrando o maior resultado para o mês desde 2002 (1,19%). Com isso, o indicador acumula alta de 4,76% no ano e de 8,99% nos últimos 12 meses, acima do acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (8,35%). Em julho de 2020, a taxa mensal foi de 0,36%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento aponta que dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em julho. A maior variação (3,10%) e o maior impacto vieram da habitação com a alta da energia elétrica (7,88%). “Além dos reajustes nos preços das tarifas em algumas áreas de abrangência do índice, a gente teve o reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2 – da conta de luz – em todo o país. Antes o acréscimo nessa bandeira era de, aproximadamente, R$ 6,24 a cada 100kWh consumidos e, a partir de julho, esse acréscimo passou a ser de cerca de R$ 9,49”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também acelerou para 1,02% em julho, ficando acima do resultado de junho (0,60%). Em julho de 2020, a taxa foi de 0,44%. No ano, o indicador acumula alta de 5,01% e, em 12 meses, de 9,85%, acima dos 9,22% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos.
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