Servidores municipais da educação estão em greve na cidade de Serrinha; profissionais cobram cumprimento de reajuste salarial
Por TV Subaé e g1 BA
Os servidores municipais que trabalham na área da educação em Serrinha, na região sisaleira da Bahia, estão em greve há 10 dias. Segundo os profissionais, o motivo é um reajuste salarial que não foi pago pela prefeitura.
O acordo definia que o reajuste retroativo referente aos meses de janeiro a maio deveria ser entregue no mês de junho, mas não foi pago até esta quinta-feira (14) de julho. Com a paralisação, 90 escolas municipais estão sem atividades e cerca de 14 mil alunos sem aulas.
A TV Subaé, filiada da TV Bahia na região, disse que entrou em contato com a prefeitura e foi informada que o prefeito de Serrinha está viajando e só ele pode se posicionar sobre o assunto.
A presidente do sindicato dos servidores municipais de Serrinha, Pérola Mascarenhas, informou que não teve retorno da prefeitura sobre o motivo do acordo ter sido quebrado.
“Em momento nenhum houve um posicionamento do prefeito. Ele não senta com a gente pra dizer porque não cumpriu o acordo. Tivemos contato com a secretaria de Educação, que disseram que só iriam se pronunciar após o prefeito, porque a quebra de acordo partiu exclusivamente dele”, afirma.
Pérola ainda explicou que, no momento da negociação, estavam presentes a contadora, controlador e secretária de Educação do município, além dos sindicatos. A proposta de reajuste de salário e pagamento dos retroativos partiu, inclusive, da contadora.
“No dia 22 de junho, o executivo [prefeito] não cumpriu sua parte no acordo. A categoria decidiu em assembleia que não voltaria às aulas até que o executivo cumprisse sua parte no acordo”, contou.
Mascarenhas explicou também que os professores se preocupam com a educação dos alunos, mas que todos os profissionais contaram com o valor do reajuste e, por isso, cobram o cumprimento do acordo. São cerca de 1.300 servidores impactados com o não recebimento dos retroativos.