STF rejeita recurso e mantém investigação contra esposa e filha de Cunha com Moro
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o recurso da defesa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e manteve com o juiz federal Sérgio Moro as investigações contra a esposa e a filha do parlamentar afastado. O ministro do Supremo desmembrou a ação no último dia 15 de março, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Apenas a parte do inquérito contra Cunha permaneceu no Supremo. A defesa alega que filha do peemedebista, Danielle Cunha, e a esposa dele, Cláudia Cruz, citaram o parlamentar nos depoimentos. Dessa forma, as investigações contra elas também deveriam ficar no STF. Na decisão do último dia 30, Teori argumenta que a “mera referência a crimes supostamente cometidos pelo reclamante [Cunha]” não configuram “usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal”.
Se o deputado federal Eduardo Cunha é o “cão”, “o fio do cão”, “a image do cão”; tal como costumava proclamar o líder carismático Antonio Conselheiro, a bem da dura verdade ele é a radiografia mais nítida do caráter dos políticos do Brasil, salvo raríssimas exceções. Por outro lado, Eduardo Cunha com o seu cinismo leviano e a sua “cara de pau” deplorável reflete o caráter do eleitor e da eleitora do Brasil, o cinismo torpe e a “cara de pau” desse ou dessa eleitora e eleitor que promiscui e prostitui o seu direito de cidadania e o seu voto, vendendo-o por bagatela ou trocando-o por migalhas de favores políticos ridículos e humilhantes. É possível ter um sistema de governo diferente do que temos no Brasil com a cultura abominável da compra de votos? É possível o político ser eleito sem saquear os cofres públicos para comprar votos de eleitor@s corruptos e promíscuos? É possível ter uma sociedade pacífica e próspera sem corrupção nefasta, violência hedionda, homofobia, pedofilia, narcotráfico, dependência química e outras tantas mazelas? NÃO! NÃO É POSSÍVEL. Enquanto perdurar essa cultura eleitoreira macabra a Escola Pública vai fechar sempre por falta de apoio logístico de recursos materiais e humanos, a rede hospitalar exigirá regulação para o doente em estado terminal que virá a óbito em corredores repugnantes dos espaços clínicos – aguardando atendimento médico -, cidadãos trabalhadores serão mortos e terão seus corpos incinerados em portas malas de automóveis, mulheres indefesas serão assassinadas com mais de vinte facadas pelo seu corpo e crianças continuarão a ser violentadas e mortas na mais tenra idade. Será que nós seres humanos, cidadãs e cidadãos brasileiros teremos caráter e dignidade suficientes para reverter esta realidade cruel e dolorosa? Será que o sistema político brasileiro poderá funcionar sem Eduardos Cunhas, Renans Calheiros e Josés Sarneys, dentre outros?
José Plínio de Oliveira