Alvo de operação da Polícia Federal contra fraudes no INSS, cigana é presa pela PM em Santaluz
Uma cigana de 31 anos foi presa pela Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (16) em Santaluz, na região sisaleira da Bahia. A mulher, que reside na cidade de Filadélfia, no norte da Bahia, foi localizada em uma travessa da Avenida Castro Alves, próximo ao estádio municipal. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 8ª Vara da Justiça Federal, na cidade de Petrolina (PE).
De acordo com a PM, ela é um dos alvos da operação Errantes, da Polícia Federal, que tem como objetivo combater fraudes contra a Previdência Social, com obtenção indevida de Benefícios de Prestação Continuada (BPC).
A ação contou com a participação de mais de 150 policiais federais, que cumpriram 24 mandados de prisão preventiva e outros 32 mandados de busca contra uma quadrilha responsável pelas fraudes, no município de Filadélfia, na Bahia, e nas cidades de Petrolina e Tabira, ambas no estado de Pernambuco.
Conforme a Polícia Federal, a organização criminosa agia aliciando idosos, fornecendo documentos falsos para a obtenção indevida do BPC, que é benefício no valor de um salário mínimo, pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos ou portadoras de deficiência.
A PF detalhou que foram constatados 420 benefícios obtidos de maneira fraudulenta, gerando um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões (valores já sacados) ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Somente uma idosa, integrante da organização criminosa, utilizou 31 documentos falsos de identidade para receber 31 Benefícios de Prestação Continuada.
A Polícia Federal informou que o dinheiro obtido com as fraudes foi ‘lavado’ de diversas formas, a exemplo de agiotagem, movimentação em contas bancárias de terceiros, aquisição de bens em nome de ‘laranjas’ e uso em atividades econômicas, como agronegócio, aluguel, venda e permuta de bens móveis e imóveis.
A PF estima que o prejuízo evitado com a operação desta quarta-feira, levando em conta os valores que continuariam sendo pagos aos beneficiários, seja de aproximadamente R$ 100 milhões.
Os integrantes da organização criminosa estão sendo investigados por estelionato majorado, uso de documento falso, falsidade ideológica, agiotagem e lavagem de capitais. Se forem condenados, as penas podem chegar a 28 anos de prisão.
A Polícia Federal explicou que o nome da operação (Errantes) faz menção às pessoas que não têm residência fixa, que vivem como nômades.
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