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Igreja Mundial do Poder de Deus lotada em plena pandemia | Imagem: Reprodução/Youtube

A realização de missas e cultos presenciais acabam reunindo fatores que contribuem e intensificam a transmissão da Covid-19, mostram pesquisas internacionais. Cientistas destacam que entre eles, está o fato de reunir grande quantidade de pessoas em espaços fechados ou promover atividades que aumentam a chance do vírus se espalhar, como frequentadores que falam alto e cantam.

Uma dessas pesquisas foi realizada pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que elaborou um ranking dos locais mais propícios à contaminação. Pela projeção, as igrejas e templos religiosos aparecem em 6º lugar em grau de risco, na frente de consultórios médicos (7º) e mercados (8º) e atrás de restaurantes (1º), academias (2º), hotéis e motéis (3º), bares e cafés (4º) e lanchonetes (5º). O entendimento é de que as cerimônias podem estar ligadas ao surgimento de surtos, destaca reportagem do Estadão.

Para os cientistas, o controle do vírus seria mais eficiente se as medidas de restrições fossem direcionadas a esses locais.

No último final de semana, em que foi celebrada a Páscoa, um feriado religioso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques decidiu autorizar celebrações religiosas presenciais. A decisão foi monocrática, e criticada inclusive por outros ministros do STF e gestores públicos.

O Brasil vive um dos momentos mais graves da pandemia, com sucessivos recordes diários de morte e hospitais superlotados.

“Em um momento menos intenso poderíamos ser mais flexíveis. Não precisa esperar acabar tudo, mas estamos no momento de transmissão mais intensa”, diz Marcio Sommer Bittencourt, mestre em saúde pública pela Universidade de Harvard e médico do centro de pesquisa clínica e epidemiológica do Hospital Universitário da USP em entrevista ao Estadão.

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