Aos 93 anos, aposentada mantém rotina de estudos e garante: ‘somos poderosas’
Do G1 BA
A dificuldade para se locomover sozinha, consequência dos mais de 93 anos de idade, não impede que a aposentada Jultiva Oliveira dos Aflitos sempre queira dar um passo a mais na vida. A quase centenária, mãe de cinco filhos, avó de 15 netos e bisavó de outros oito, conta que tem uma vida em que busca constantemente “fugir” do sedentarismo e manter-se ativa. “Eu digo que nós, mulheres, somos poderosas. Temos que focar na vida e esquecer a idade e seus problemas. A velhice é apenas uma fase e não uma razão para ficar pensando na idade por conta de doenças ou outras coisas. Temos que simplesmente viver, encarar a vida como uma coisa natural, uma bênção de Deus”, destaca.
Além de fazer piltates, Jultiva tem aulas, uma vez por semana, na Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), programa de educação voltado a pessoas com mais de 60 anos, da Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Ela participa de cursos técnicos há mais de cinco anos no local, junto com outros cerca de 600 idosos cadastrados.
Jultiva já fez oficinas de tai chi chuan, embalagem, artes plásticas, artesanato regional, expressão corporal. “É mais uma terapia. Faço os cursos uma ou duas vezes por semana. Tenho aulas de manhã e à tarde. Tem dias que começa às 9h e vai até as 16h. Como tenho dificuldade para andar, uso uma bengala pra me sentir mais segura e preciso que sempre alguém me leve de carro até a universidade. Para mim, é muito agradável fazer os cursos. Se eu estivesse somente dentro de casa assistindo TV ou lendo, estaria cansada e até mesmo depressiva”, destaca.