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Por RFI

Foto: Reprodução

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A Assembleia Nacional francesa adotou, na madrugada de quinta-feira (29) para sexta-feira (30), uma proposta que visa proibir “as violências educativas ordinárias”. O texto do partido de centro MoDem foi adotado por 51 votos a favor, um contra e três abstenções. O projeto de lei ainda passará por outros trâmites legislativos e pelo Senado antes de ser adotado definitivamente. Ele não prevê novas sanções penais, já existentes no código francês. De acordo com a relatora Maud Petit, a lei tem um objetivo “pedagógico”, que é o de desestimular os pais a utilizarem punições corporais para educarem seus filhos. “É uma escolha de sociedade”, declarou a deputada Alice Thourot, do partido República em Marcha, do presidente francês, Emmanuel Macron. O texto prevê que o Código Civil inclua a frase: “a autoridade dos pais deve ser exercida sem violências físicas ou psicológicas”. A única deputada a votar contra a lei foi Emmanuelle Ménard, representante do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen. Segundo ela, a proibição da palmada “retira dos pais certas prerrogativas” na educação dos filhos e o texto considera os franceses como “imbecis”. A ministra da Saúde, Agnès Buzyn, apoiou o texto. “Não educamos pelo medo”, declarou, acrescentando que a palmada, “pretensamente educativa”, tem “consequências desastrosas no desenvolvimento da criança”. A proibição formal permitirá à França de se alinhar aos tratados internacionais de proteção da infância, tornando-se o 55° país a proibir totalmente os castigos corporais.

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