Foto: Notícias de Santaluz

A manhã desta sexta-feira (28) foi marcada por um debate importante em Santaluz, na região sisaleira da Bahia. O auditório do Cenos recebeu representantes de órgãos estaduais e federais, lideranças políticas, vereadores, especialistas e trabalhadores do setor para uma audiência pública sobre a regularização do garimpo e das pedreiras nos municípios de Santaluz, Nordestina, Quijingue e Cansanção.

A proposta do encontro foi discutir caminhos para garantir segurança jurídica a quem vive da mineração e, ao mesmo tempo, construir alternativas sustentáveis para o setor. A audiência foi mobilizada pelo deputado estadual Marcinho Oliveira (União Brasil) junto com o vice-prefeito de Santaluz, Joelcinho, com iniciativa do vereador Sérgio Suzart, que articulou o evento junto à Câmara Municipal de Santaluz.

Marcinho destacou a importância de ouvir quem está diretamente envolvido com a atividade. “Nosso objetivo aqui é garantir que o pequeno garimpeiro tenha vez e voz. Regularizar é proteger o trabalhador, preservar o meio ambiente e movimentar a economia de forma responsável”, afirmou o deputado.

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O vereador Sérgio Suzart reforçou o compromisso do Legislativo local com a pauta. “Essa é uma causa coletiva. Estamos aqui para representar, ouvir e construir soluções com quem vive disso todos os dias”, disse.

O presidente da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral), Henrique Carballal, o geólogo Osmar Martins dos Santos e um representante da Agência Nacional de Mineração (ANM) explicaram os passos necessários para a legalização da atividade, alertando para a importância da organização dos trabalhadores em associações ou cooperativas.

A discussão ganhou ainda mais relevância após a Operação Olhos d’Ouro, deflagrada pela Polícia Federal no início da semana, que investiga a extração ilegal de ouro em Santaluz. Para muitos dos participantes da audiência pública, o evento representa um ponto de partida para virar essa página e buscar um modelo que combine desenvolvimento com legalidade.

Foto: Notícias de Santaluz

Representantes dos garimpeiros também tiveram espaço para falar. Eles pediram apoio para sair da informalidade sem perder o sustento. “A gente quer trabalhar certo, com documento, sem medo. Só precisamos de ajuda”, disse um dos trabalhadores durante a audiência.

Ao final do encontro, ficou o compromisso de levar as demandas locais aos órgãos competentes e de manter o diálogo aberto entre todas as partes envolvidas.

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