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RPC Curitiba e G1 PR

Graça Foster, ex-presidente da Petrobras, foi alvo de busca de apreensão na 64ª fase da Operação Lava Jato | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Graça Foster, ex-presidente da Petrobras, foi alvo de busca de apreensão na 64ª fase da Operação Lava Jato | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

A ex-presidente da Petrobras Graça Foster, o empresário André Esteves e o banco BTG Pactual são alvos de busca e apreensão na 64ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (23). De acordo com a PF, são 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo a PF, a investigação apura fatos de diferentes inquéritos e tem como base o acordo de colaboração premiada de Antonio Palocci. Trata-se da primeira fase da Lava Jato deflagrada a partir da delação do ex-ministro. Uma frente das investigações apura informações que estavam em e-mails de Marcelo Odebrecht, prestadas por Antonio Palocci em delação, que dizem que a ex-presidente da Petrobras Graça Foster tinha conhecimento do esquema de corrupção existente à época na estatal, mas não tentou impedir a continuidade dos crimes, conforme o MPF. Foster foi presidente da Petrobras entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2015.

André Esteves, do BTG Pactual, foi alvo de mandados de busca na Lava Jato; na foto, ele aparece durante entrevista em São Paulo, em 2015 | Foto: REUTERS/Nacho Doce

André Esteves, do BTG Pactual, foi alvo de mandados de busca na Lava Jato; na foto, ele aparece durante entrevista em São Paulo, em 2015 | Foto: REUTERS/Nacho Doce

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), uma das linhas de investigação apura possíveis ilícitos envolvendo a venda de ativos na África, pela Petrobras, ao BTG, que pode ter causado prejuízo aos cofres públicos de R$ 6 bilhões, em valores atualizados. No início do processo de vendas, os ativos tinham sido avaliados entre US$ 5,6 bilhões e US$ 8,4 bilhões. No entanto, em 2013, 50% desses ativos foram vendidos por US$ 1,5 bilhão, o que é considerado desproporcional pela força-tarefa da Lava Jato. As investigações ainda apontam que a venda tem outros indícios de irregularidades, como possível restrição de concorrência para favorecer o BTG e acesso do banco a informações sigilosas. Esta etapa também apura informações de Antonio Palocci, em delação premiada, de que André Esteves, no fim da campanha eleitoral de 2010, acertou com o ex-ministro Guido Mantega o repasse de R$ 15 milhões para garantir privilégios ao BTG no projeto de sondas do pré-sal, da Petrobras. O ex-ministro afirmou que parte desse valor foi entregue em espécie a Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, na sede do Banco.

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