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Davi Gabriel foi enterrado sob forte comoção | Foto: Maiana Belo/ G1

Davi Gabriel foi enterrado sob forte comoção | Foto: Maiana Belo/ G1

Uma cena emocionou quem participou do enterro do bebê Davi Gabriel Monteiro, de seis meses, morto no naufrágio da lancha que vitimou 18 pessoas na travessia Mar Grande-Salvador, na quinta-feira (24). A irmã do menino, de apenas dois anos de idade, repetia: “Cadê Davi? Cadê Davi?”. O sepultamento da criança aconteceu por volta das 11h40 desta sexta (25), no cemitério de Mar Grande, em Vera Cruz.

Davi, a mãe e a irmã viajavam para Salvador na lancha para realizar uma consulta no pediatra. Apesar das tentativas de reanimação por cerca de duas horas, o bebê acabou não resistindo e morreu. Mãe e irmã sobreviveram. De acordo com Folha de S. Paulo, a família do garoto vive em uma comunidade pobre de Mar Grande. Abalados, os pais precisaram ser amparados durante o cortejo. Durante o sepultamento, a irmã que sobreviveu ao acidente perguntava pelo irmão e foi consolada por parentes. “Ele está bonzinho. Pede a papai do céu por ele todo dia de noite que vai ficar tudo bem”, disse um deles à criança.

Cena Comoveu: ‘Tinha esperança de salvar’!

“Eu tinha a esperança de salvar [o bebê de 6 meses], porque é um acidente diferente, é na água, então, a chance de sobrevida era maior. A gente fica com o sentimento de, não é de derrota, mas triste, porque é uma vida que se vai”. Segundo o G1, esse é o relato de Jaeliton Assis, socorrista do Samu que protagonizou uma das cenas mais comoventes registradas durante o socorro às vítimas da tragédia.

Socorrista do Samu leva um bebê no colo após uma embarcação naufragar em Mar Grande, na Baía de Todos os Santos, na Bahia (Foto: Xando Pereira/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo

Socorrista do Samu com bebê no colo após embarcação naufragar na Baía de Todos os Santos | Foto: Xando Pereira/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo

Nas imagens, Jaeliton aparece tentando reanimar Davi Gabriel ainda dentro de uma lancha. Depois, ele aparece correndo com a criança nos braços para fazer mais uma tentativa de salvar a vida da vítima, desta vez em uma ambulância, com a ajuda de outros colegas. Jaeliton, que tem 51 anos e trabalha como socorrista há 35 anos, atua há 12 no Samu. Para ele, o trabalho de resgate às vítimas do acidente com a embarcação foi diferente de muitos que já participou. “Eu tenho três filhas. Nessa hora vem na nossa mente que poderia ser um membro da nossa família”, disse.

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